Alcindo Cruz Guimarães, engenheiro civil, parlamentar, historiógrafo, jornalista, orador fluente e de grandes recursos literários; nasceu em Caxias, no dia 25 de setembro de 1890. Filho do capitão José Ferreira Guimarães Junior e de d. Corina da Cruz Guimarães. Neto do industrial português José Ferreira Guimarães, era irmão de Nilo da Cruz Guimarães (pai da atriz global Gloria Menezes).
Concluiu, em 1927, pela “Escola Polytechinica” do Rio de Janeiro, o curso de engenharia civil. Em 1933, após a exoneração de João Batista de Moura Carvalho, foi nomeado prefeito de Caxias pelo interventor federal do MA, permanecendo no cargo até 1934. Retornando em 1937, também por nomeação do interventor Paulo Ramos, afastando-se do cargo em 1941, a pedido.
Foi deputado estadual, exercendo a presidência da Assembleia Legislativa do Estado do MA. Foi denotado pesquisador da História do MA e pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão. Também foi um dos membros fundadores do Cassino Caxiense, no ano de 1934.
Era esposo de d. Neném Guimarães. Como educador, fundou e foi professor de colégios em Caxias (A exemplo do Ginásio Caxiense), notabilizando-se como professor de Matemática.
Alcindo Guimarães faleceu no Rio de Janeiro, para onde se mudara e tinha fixado residência.
Imagem da publicação: Álbum do Maranhão de 1950.
Restauração e Colorização: Brunno G. Couto
Fonte: Livro Efemérides Caxienses/Autor: Arthur Almada Lima Filho/Ano: 2014; Jornal “Pacotilha”; Jornal “O Combate”.
Fernando Vieira Chaves nasceu na cidade de Caxias, em 18/05/1940, filho de Anísio Vieira Chaves e Laís Chaves. Formou-se em Medicina, em Salvador (BA), e veio trabalhar em sua terra natal. Médico Pediatra, atuou em diferentes centros médicos da cidade, dentre eles: Casa de Saúde e Maternidade de Caxias e Hospital Miron Pedreira. Atuou, também, no antigo INAMPS. Seu consultório ficava localizado próximo a Praça Gonçalves Dias.
Residente no bairro Ponte, fazia parte do Lions Clube, bem como da Maçonaria de Caxias, onde ingressou em 1979. Entrou para política e foi eleito vereador no ano de 1983.
Boêmio, era figurinha carimbada no “Café do Profeta”, no Largo da Praça Gonçalves Dias, e no bar “Recanto dos Poetas”, no Largo de São Benedito. Nos horários em que estava de folga do trabalho, não hesitava em ajudar as pessoas que vinham a sua procura em busca de ajuda médica. Atendia em casa, no meio da rua, no bar ou onde estivesse, sem cobrar nada em troca.
Muito querido pelos caxienses, Fernando Chaves, fumante inveterado, faleceu, precocemente, em 04/05/1984, vítima de câncer no pulmão.
Imagens da publicação: Internet; Acervo do IHGC; Acervo Família Assunção.
Dinir Costa e Silva nasceu em Caxias, no dia 12/06/1919. Filha de Emília Gonzaga Alves Costa e Raimundo Costa Sobrinho, fazendeiro e proprietário da “Fazenda Canabrava”. Era irmã do político e engenheiro Alexandre Alves Costa e irmã, pelo lado materno, de Rosalina Pinto Barros (esposa de Eugênio Barros).
Iniciou seus estudos nas escolas particulares de d. Neném Rêgo e Lizete Pires. Posteriormente, foi estudar no Colégio “Sagrado Coração de Jesus”, localizado, àquela época, no largo do Panteon; concluindo os estudos primários no Grupo Escolar “João Lisboa”. Após a conclusão do primário, foi para o Colégio das Irmãs Dortohéas em São luis. Sendo transferida, posteriormente, para o Colégio “Sacreur Marie”, no Rio de Janeiro.
Ao retornar do Rio de Janeiro, conheceu o empresário Alderico Silva, vindo a se casar aos 14 anos de idade, no dia 18 de janeiro de 1934. O casal teve três filhos: Aldenir, Aglai e Getúlio.
Em 1947, foi eleita Presidente da “Sociedade Humanitária de Caxias Pró Hospital Miron Pedreira”. Organização composta por diversos cidadãos caxienses, que visava a construção do referido hospital.
Em 1961, por iniciativa de Dinir Silva, foi fundada em Caxias, a Casa da Amizade, instituição de finalidades sociais, como o fornecimento de filtros, fraldas e cestas básicas para menos favorecidos. Ainda sob a presidência de Dinir Silva, a Casa da Amizade, logrou a construção da praça em frente à Catedral de Nossa Senhora dos Remédios.
Foi cronista dos jornais “O Cruzeiro” e “Folha de Caxias”. Contudo, como no início o seu marido não permitia a sua participação nos referidos periódicos, Dinir Silva, seguindo a ideia de seu amigo José Ribamar Galiza, passou a assinar as crônicas sob o pseudônimo de Selene de Maria.
O casal, Dinir e Alderico Silva, viveu junto por 70 anos. Dinir Silva faleceu em Caxias, em 18/08/2007.
No ano de 2015, a TV Sinal Verde, de Caxias, produziu uma reportagem sobre o imóvel do casal (abaixo), e no vídeo é possível ver um depoimento de Dinir Silva, realizado no ano de 1990, aos 3:25 s:
Imagens da publicação: Site “Tia Zu”; TV Sinal Verde.
Restauração e Colorização: Brunno G. Couto
Fontes: Jornal “Nossa Terra”; Livro: “Minhas Histórias”/Autora: Dinir Silva/Ano: 1991; Livro “Efemérides Caxienses”/Autor: Arthur Almada Lima Filho/Ano: 2014
Thales do Amarante Ribeiro Gonçalves é natural de Amarante, no Piauí, tendo nascido no início do século XX. Já no estado vizinho, na cidade de Caxias, conheceu a jovem organista Maria Antonieta Castelo, filha de João Castelo Branco e Sinhá Castelo. Os jovens selaram a união em 27/06/1930.
Dois anos depois, Thales formou-se pela Faculdade de Direito do Maranhão, no dia 03 de dezembro de 1932. Depois de formado, passou a ocupar o cargo de Promotor Público em Caxias. Em 1937, nasce o único filho do casal Ribeiro Castelo: João Castelo Ribeiro Gonçalves (futuro Governador do Estado do MA).
Em 1938, Thales candidata-se para a prova de Juiz de Direito. Aprovado, é designado para a cidade de Araioses (MA). Na década seguinte, é transferido para São Luis. Na capital do estado, torna-se Desembargador do Tribunal de Justiça do Maranhão.
Em 1950, Thales Ribeiro viajava para Caxias, como fazia frequentemente, quando, na altura de Coroatá, sentiu-se mal. Vindo a falecer durante a viagem.
Thales era irmão do, também, magistrado Amarantino Ribeiro Gonçalves, e, por conseguinte, tio da desembargadora do TJMA, Etelvina Ribeiro Gonçalves.
Em homenagem a autoridade, fora nomeado “Thales Ribeiro Gonçalves”, um Centro de Ensino que fica ao lado do casarão da família Castelo, no centro de Caxias.
Imagens da publicação: Internet; site: kamaleao.com
Restauração e Colorização: Brunno G. Couto
Fontes: Jornal Diário de São Luis (MA); Jornal O Imparcial (MA); Fórum de Timom.
O Coronel João Castelo Branco da Cruz nasceu em Caxias, no dia 27 de junho de 1874, filho de José Castelo Branco da Cruz (Casé Cruz) e Maria Germana da Cruz. Era irmão de Corina Cruz Guimarães, e, por conseguinte, cunhado do industrial José (Zezinho) Ferreira Guimarães Junior.
Formou-se como Contador, e foi trabalhar na capital piauiense. Retornando à a sua cidade natal pouco tempo depois. Em Caxias, conheceu a sua esposa, Almerinda Ramos Cruz, popularmente conhecida como Sinhá Castelo. O casal teve onze filhos.
Na década de 1920, assumiu o cargo de Coletor Federal do município de Caxias. Com o falecimento do tio Cristino Cruz, em 1914, e do pai, em 1915, João Castelo assume os negócios da família, que incluíam a usina de cana de açúcar do Engenho D’água. Fez parte da política caxiense, integrando o Partido Republicano, que era contrário ao partido dos irmãos Teixeira (Rodrigo Octávio e Joaquim Teixeira).
Castelo aposentou-se no ano de 1938, passando os seus últimos anos no casarão da família, ao lado dos filhos e netos. Vindo a falecer no dia 15 de abril de 1947, aos 72 anos de idade.
O Coronel Castelo era avô do político caxiense João Castelo Ribeiro Gonçalves, neto que herdou o seu nome.
Imagens da publicação: Internet e Acervo de Brunno G. Couto
Colorização: Brunno G. Couto
Fonte: Livro Efemérides Caxienses/Ano:2014; Jornal Caxias; Livro: Por Ruas e Becos de Caxias/Ano: 2020.
Edmée Chaves de Assunção nasceu em Caxias, no dia 24/03/1913. Filha do casal Benedito José Assunção e Francisca Chaves de Assunção. Cresceu junto aos irmãos no casarão da família, na Rua Manoel Gonçalves, esquina do Largo de São Sebastião. Era irmã de: Benedito (Bina), Antônio, Mário, Laci, Maria de Jesus (Mila), Valderez, Maria Celeste, Elvira e Anie.
Iniciou os estudos em sua terra natal, onde cursou o primário e o nível médio. Em 1937, formou-se normalista pela Escola Normal Livre de Caxias. Muito estudiosa, participou de seminários, fez cursos sobre educação escolar e esteve em congressos em nosso estado e no Rio Grande do Sul.
Em 1958 foi nomeada professora do estado e foi lotada no Grupo Escolar Gonçalves Dias. No ano de 1961 assumiu a direção do Grupo Escolar João Lisboa, onde permaneceu até à sua aposentadoria no dia 24 de março de 1983, ano em completou 70 anos de idade. Professora de várias gerações, lecionou também no Ginásio Caxiense, Educandário São José, Escola Técnica de Comércio de Caxias e Grupo Escolar Coelho Neto.
Em 1971, candidatou-se ao cargo de vereadora da Câmara Municipal de Caxias. Eleita, exerceu por dois mandatos consecutivos. Posteriormente exerceu o cargo de Secretária Municipal de Educação, na segunda gestão do Prefeito Aluísio Lobo.
Católica praticante, por vários anos, cooperou na administração da Capela de São Sebastião. A convite do Pe. Francisco Damasceno, em outubro de 1983, assumiu o cargo de presidente da Associação de São José da Paróquia de São Benedito, mantendo-se no exercício da função até os momentos finais de sua vida.
Em novembro de 2001, recebeu a Comenda de Honra ao Mérito Poeta Gonçalves Dias, outorgada pela Prefeitura de Caxias.
Edmée Assunção faleceu em 31 de agosto de 2005, aos 92 anos de idade.
É patrona da cadeira n° 21 da Academia Sertaneja de Letras, Educação e Artes do Maranhão – ASLEAMA. Em 2015, a Assembleia Legislativa aprovou o Projeto de Lei nº 288/2015, de autoria da deputada Nina Melo, que denomina a Escola Estadual de Caxias, instalada no bairro Bacuri, de “Escola Estadual Professora Edmée Chaves Assunção”. No residencial Eugênio Coutinho, existe uma praça que leva o seu nome. Edmée Assunção, também dá nome a um centro e a uma escola de artesanato em Caxias.
Imagens da publicação: Acervo Família Assunção
Restauração e Colorização: Brunno G. Couto
Fonte: Texto de Murilo Aguiar publicado no Site do Jonal Pequeno; Blog do Irmão Inaldo; Site JusBrasil.
Muito conhecido dos caxienses, o histórico palacete fora inaugurado em 18 de janeiro de 1952, na ocasião da celebração do 18 aniversário de casamento de Alderico e Dinir Silva. O engenheiro idealizador da edificação fora o cunhado de Alderico Silva, o político e engenheiro Alexandre Alves Costa.
Para a sua construção, fora necessária a formação de uma gigantesca equipe de operários: mestres de obras, pedreiros, marceneiros, eletricistas, etc (relação abaixo). Alguns dos aposentos que compõem o imóvel: hall de entrada, sala de estar, hall de saída, capela, quartos de hóspedes, salão de música, sala de jogos, sala de jantar, cozinha, adega, dispensa, atelier de costuras, terraço, átrio, quartos da família, roupeiro, pomar, etc.
As instalações eram compostas por: aposentos com piso de mosaicos S. Caetano, azulejos, lâmpadas japonesas e chinesas, lustres, lampadário colonial com pingentes de cristal, piano Essenfleld, etc.
Na festa de inauguração, estiveram presentes diversas autoridades do Maranhão e Piauí. Segue abaixo, um trecho do discurso proferido por Alderico Silva, durante a solenidade de inauguração:
“Meus amigos, permitam-me que eu cite aquelas tão célebres quão conhecidas palavras do imortal imperador romano, o grande o poderoso César Augusto: “Veni, vidi, vici”! – Vim, vi e venci. Sim eu vim da pobreza que não avilta, mas que crucia; eu senti, vezes tantas, o rigor do desconforto da vida dos não favorecidos pela sorte. Daqueles que, em virtude dos sofrimentos, não passam pela vida, como diz o aedo, mas que vivem, pois, é bem verdade que “quem passou pela vida e não sofreu, foi espectro de homem, não foi homem, só passou pela vida, não viveu”..
PESSOAS QUE TRABALHARAM NA OBRA:
Pedreiros: Benício Oliveira. Antônio Bertoldo, João de Deus, Antônio Soares, Cândido Neto, José Ribamar Silva, Pedro Cruz e Antônio Marques.
Acabamento: Felipe Barbosa (Mestre), Venâncio Santana, Amadeu Rodrigues, Francisco Rameiro, José de Ribamar Moraes, Waldimiro Sousa, Deusdeth Rodrigues, Francisco Thomaz e Antônio Oliveira.
Nascido em Caxias, em 1896, Celso Antônio Silveira de Menezes, pintor, escultor, professor, filho de José Antônio de Menezes e de Raimunda Noêmia da Conceição Menezes. Aos 16 anos de idade, quando residia no Estado do Pará, se mudou para o Rio de Janeiro, matriculando-se na Escola Nacional de Belas Artes, no curso de Desenho, com bolsa concedida pelo governo do Maranhão.
Frequenta o ateliê de Rodolfo Bernardelli, no Leme, produzindo suas primeiras esculturas, onde ganhou prêmios despertando interesse no meio artístico da capital federal. Seu conterrâneo e amigo, o escritor Coelho Neto influencia o Governador do Maranhão, Godofredo Viana, a conceder-lhe bolsa de estudos na França.
Em Paris, no ano de 1923, frequenta a Académie de La Grande Chaumiere e torna-se discípulo e, em seguida, auxiliar de Antoine Bourdelle, grande nome da escultura contemporânea.
Regressa ao Brasil em 1926, fixando-se em São Paulo, onde esculpiu o “Monumento ao Café”, situado em Campinas. Entre 1937 e 1945, o ministro Gustavo Capanema encomendou várias esculturas para o prédio do Ministério da Educação e Saúde (MES), que estava sendo construído no Rio de Janeiro. Para os jardins do referido prédio, Celso executa, em pedra, a escultura “Moça Reclinada”. Nesse período também executa a obra “Maternidade” que se encontra na praia do Botafogo.
Celso Antônio mantinha uma grande amizade com Manoel Bandeira, poeta que chegou a listar o amigo como o seu escultor favorito. Para representar a amizade, na década de 1950, Celso Antônio esculpiu um busto do célebre amigo.
No governo do presidente Eurico Gaspar Dutra, este encomendou a Celso Antônio uma estátua para ser instalada em frente do Ministério do Trabalho, no dia do trabalhador. O artista, então, representou o biótipo brasileiro, contrariando o gosto predominante da época e realizando uma representação idealizada da figura humana. A figura tem três metros de altura, em pedra, atarracada e compacta, monolítica, forte, com lábios grandes, sem camisa, descalça e trajando um avental. A estátua foi inaugurada na Avenida Presidente Antônio Carlos, no centro do Rio, no dia 1 de maio de 1950, com a presença do presidente da República, que, ao retirar o manto que cobria o monumento, disse indignado: “Não gostei”.
O monumento, a partir de então, sofreu represália da imprensa, que atacou a obra, o autor, o ministro e o governo. A figura do brasileiro – representada no Modernismo na pintura de Portinari, Di Cavalcanti e outros – não resistiu às ruas. A estátua foi retirada do seu pedestal e transferida para um depósito três dias depois de inaugurada. Apenas em 1974, é que a estátua fora recuperada e doada para a cidade de Niterói (RJ).
Em 1978, a Casa da Moeda cunhou a Medalha do Dia do Trabalho, criação de Celso Antônio alusiva à referida escultura. Medindo cinco centímetros de diâmetro, foram realizadas trinta unidades em ouro, seiscentas em prata e cento e setenta em bronze.
Fora a escultura para a Casa da Moeda, do escultor e de sua arte quase ninguém mais ouviu falar depois da década de 50. Nenhum órgão de imprensa noticiou sua morte, em 1984. Menos de uma dezena de pessoas acompanharam o enterro, no cemitério do Catumbi, no Rio de Janeiro.
Em 1989, quatro anos depois da morte de Celso Antônio, o escritor Otto Lara Resende redigiu e deu ampla divulgação ao seguinte manifesto:
“Como simples testemunha do meu tempo, considero um absurdo que até hoje, no final de 1989, um artista do valor e da importância de Celso Antônio não tenha tido ainda o reconhecimento que merece. É sabido que a morte impõe um período de silêncio, como se entre a posteridade e o morto ilustre fosse necessário fazer uma reflexão para reavaliar o que significou de fato a sua contribuição para a cultura nacional. Celso Antônio, tendo vivido e trabalhado num momento de renovação cultural em todas as frentes, foi um grande artista inovador. Com um temperamento discreto, alheio ao marketing das celebridades de quinze minutos, o grande artista teve ao seu lado as melhores inteligências e sensibilidades do seu tempo. Bastaria citar três grandes nomes, entre os seus fervorosos admiradores: Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e Rodrigo M. F. de Andrade.Tudo o que se fizer em favor de Celso Antônio, a partir de agora, é justo e oportuno. Chega tarde, mas ainda chega a tempo de saldar uma dívida que o Brasil tem para com esse extraordinário artista, que conheci, admirei e defendi, quando foi vítima da agressiva estupidez dos que se trancam na rotina e no ar viciado do academicismo”.
Seu nome se inclui entre os grandes artistas brasileiros do século XX: Portinari, Vila Lobos, Mafaldi, Niemayer e outros mais. É patrono da cadeira número 17 da Academia Caxiense de Letras.
Em 2019, sob direção de Beto Matuck, foi lançado um documentário sobre a vida do artista: “Celso Antônio, Brasileiro”. A pré-estreia ocorreu em Caxias, onde, na ocasião, foram expostos alguns trabalhos do escultor. Três anos antes, a MAVAM (Museu da Memória Áudio Visual do Maranhão) lançou um teaser sobre a vida de Celso Antônio, confira abaixo:
Imagens da publicação: Revista Manchete; Acervo de Beto Matuck; Site Memorial da Democracia; Blog Causthica Revista Cultural; Divulgação.
Restauração e Colorização: Brunno G. Couto
Fontes: Efemérides Caxienses/Arthur Almada Lima (Ano: 2014); Wikipédia; Blog “As Histórias dos Monumentos do Rio”; USP.
Henrique Maximiano Coelho Netto nasceu em 1864, em Caxias, na Rua da Palma, que hoje tem o seu nome, na casa número 07, atualmente sede do Centro Artístico e Operário Caxiense. Filho do português Antônio da Fonseca Coelho com a índia Ana Silvestre Coelho, que mudaram-se do Maranhão para o Rio de Janeiro quando o filho contava apenas com seis anos de idade.
Estudou no Colégio Pedro II, onde realizou os cursos preparatórios e ingressou na Faculdade de Medicina, que abandonou em seguida, matriculando-se em 1883 na Faculdade de Direito de São Paulo. No curso jurídico, Coelho Neto expande suas revoltas, logo se envolvendo no movimento de alunos contra um professor e, para evitar represálias, transfere-se para a faculdade do Recife, e ali conclui o primeiro ano tendo por principal mestre Tobias Barreto.
Após este lapso, retorna para São Paulo, e logo participa de movimentos abolicionistas e republicanos, entrando em choque com os professores, não chegando a concluir o curso. Em junho de 1899 visitou a capital maranhense e sua cidade natal, sendo alvo de expressivas homenagens. Na política tornou-se deputado federal pelo estado natal, em 1909, reeleito em 1917. Ocupou ainda diversos cargos, e integrou diversas instituições culturais.
No Rio de Janeiro, casou-se, em 1890, com a professora de música Maria Gabriela Brandão. Dentre os filhos do casal, estava: João Coelho Neto (Preguinho). Que, anos mais tarde, tornar-se-á um importante nome do futebol brasileiro.
Ocupante da cadeira número 2 da Academia Brasileira de Letras, da qual foi fundador e presidente, é portanto número 22 da Academia Caxiense de Letras, denominada “Casa de Coelho Neto”.
A Coelho Neto devem as cidades de Teresina e Rio de Janeiro os epônimos de “Cidade Verde” e “Cidade Maravilhosa”, respectivamente. O escritor faleceu no Rio, em 1934, aos 70 anos. É na antiga capital da República, que estão enterrados os seus restos mortais.
Fontes: Livro Efemérides Caxienses/Autor: Arthur Almada Lima Filho/Ano: 2014; Sites: Wikipédia e Portal São Francisco
Restauração e Colorização: Brunno G. Couto
Imagens da publicação: Internet; Revista O Cruzeiro (RJ); Site “Livro Preguinho Fluminense e Página do Instagram: Rio Antigo.
José (Zé) Delfino Silva nasceu em 1894 na cidade de Pedreiras, filho de Maria de Jesus Bayma Gonçalves e Delfino Ferreira da Silva; ainda jovem veio com toda a família residir em Caxias. Aqui tornou-se um dos mais importantes comerciantes da região, sendo proprietário da firma J.D. Silva.
Era irmão mais velho de Maria das Mercês (Miroca) e Alderico Silva, futuro Comendador, e que foi seu empregado quando jovem. Na política foi eleito vice-prefeito de Caxias em 1925, onde na renúncia do titular acabou assumindo o governo, porem também renunciou. Era um dos apoiadores da Aliança Liberal, na cidade, movimento que culminou na Revolução de 30.
Era membro da Maçonaria e um dos fundadores, em 1941, do Rotary Club, ao lado de Eugenio Barros, Nachor Carvalho, Alcindo Cruz Guimarães e outras figuras da alta sociedade caxiense. Ajudou a fundar ainda: Associação Comercial de Caxias (1920), Ginásio Caxiense (Década de 1930), Centro Cultura Coelho Neto (1947) que viria a ser posteriormente o Colégio Coelho Neto.
Sua residência conhecida como Delfinlândia situa-se na rua 1º de Agosto, no centro histórico (Ao lado da livraria Graúna). O imóvel atualmente está abandonado com parte de sua estrutura desabando.
José Delfino faleceu em 1958.
Fonte: Site de Ezíquio Barros
Imagem da postagem: Site “Tia Zu”; Jornal Cruzeiro; Acervo de Brunno G. Couto