Professora Aída de Almeida Cruz, filha de José da Cruz (Sr. Casé) e Martinha Nunes de Almeida (Descendente de Dias Carneiro). Irmã de Achiles, Arias, Almir, Acrísio, Aniceto, Altair e Altariza Cruz.
Professora normalista lecionou, durante anos, no Colégio João Lisboa, bem como no Grupo Escolar Gonçalves Dias, onde, também, foi diretora. Religiosa, fazia parte da Pia União das Filhas de Maria de Caxias. Residia no Largo da Igreja Matriz.
Imagem da postagem: Acervo Família Assunção.Restauração: Brunno G. Couto
A professora Laci de Lourdes Assunção, nasceu no dia 07 de agosto de 1908. Primogênita do casal Benedito José Assunção e Francisca Chaves de Assunção. Cresceu junto aos irmãos no casarão da família, na Rua Manoel Gonçalves, esquina do Largo de São Sebastião. Era irmã de: Benedito (Bina), Antônio, Mário, Edmée, Maria de Jesus (Mila), Valderez, Maria Celeste, Elvira e Anie.
Cursou o ensino fundamental em Caxias. Após, estimulada por sua professora, foi enviada para São Luis, a fim de completar os estudos. Concluído o Curso Normal, regressa à Caxias, onde passa a ensinar particular em casa, alfabetizando parentes e crianças carentes da vizinhança. Com a fundação Ginásio Caxiense, passa a lecionar as disciplinas de Português e Francês.
Certo dia, olhando a Capela de São Sebastião, obra iniciada no século XIX, arquitetou sua conclusão e pensou em reiniciar os festejos em honra ao Santo, interrompidos há vários anos. Era o ano de 1944. As pessoas falavam da 2ª Grande Guerra e ela, ao saber que Mário, seu irmão, fora convocado para servir na Itália, fez uma promessa: se a guerra terminasse, recomeçaria a construção da Capela. Porém, antes de terminar a guerra, convidou amigos e vizinhos e realizou o primeiro festejo em janeiro de 1945. A partir desse momento, travou uma luta para concluir a construção da pequena igreja que, aos poucos, fora concluída.
Laci Assunção, lecionou, durante anos, em diversas instituições de ensino de Caxias, como: Ginásio Caxiense e Colégio São José. Muito religiosa, pertenceu a inúmeras pastorais, como a Associação de São José e a Associação da Pia União das Filhas de Maria. Com um grande talento na escrita e oratória, proferiu diversos discursos em diferentes festividades e comemorações, bem como escreveu muitos versos e poemas.
Laci Assunção, faleceu no ano de 1984.
Fonte: Livro Pedaços do Coração/Ano: 2010
Imagem da postagem: Acervo Família Assunção.Restauração: Brunno G. Couto
Arias Benedito de Almeida Cruz, filho de José Castelo Branco da Cruz (Casé Cruz) e Martinha Nunes de Almeida, nasceu em Caxias a 14 de novembro de 1893. Tinha mais nove irmãos: Aída, Aniceto, Acrísio, Achilles, Almir, Ariston, Altair, Armênio e Alvice.
Foi ordenado Sacerdote na Igreja de Santo Antônio (São Luis), em 11 de junho de 1916. Celebrou sua primeira missa em Caxias, onde ocupou vários cargos públicos. Depois transferiu-se para São Luis onde foi Diretor de Instrução Pública, Diretor da Escola Normal, Diretor do Liceu Maranhense, Colégio Santa Tereza, Colégio Rosa Castro e no Seminário de Santo Antônio.
Como professor, lecionou as seguintes disciplinas: Religião, Língua Portuguesa e História Geral. Foi Capelão da Igreja da Sé, do Colégio Santa Tereza e do Hospital Português.
Nomeado Cônego Honorário em 1930 e Catedrático em 1941. Destacou-se também como jornalista e orador sacro. Seus artigos e conferências tratavam dos assuntos pertinentes a educação, trabalho, questões agrárias, acontecimentos históricos etc. Tendo sido publicados em outros estados, como: Piauí, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Caxias. Esse material pode ser encontrado nos jornais Gazeta de São Paulo, Gazeta de Porto Alegre, Gazeta do RJ, Jornal do Maranhão, Tribuna Caxiense, Pioneiro de Caxias etc.
Recebeu o título de Monsenhor em 1950. Voltou a residir em Caxias, em dezembro de 1955. Em 1966, foram realizadas diversas celebrações em sua cidade natal, em comemoração aos seus cinquenta anos de sacerdócio
Faleceu em Teresina, em 12 de janeiro de 1970.
Fontes: Jornal do Maranhão; Site Recanto das Letras.
Imagem da postagem: Acervo do IHGC.Restauração e Colorização: Brunno G. Couto
Fachada da Igreja antes de receber, em 2017, nova pintura nas cores bordô e branco (que permanece até hoje).
Este templo religioso foi construído por devotos da Irmandade do Glorioso São Benedito apenas com seus donativos, sem dinheiro público. A petição para a construção da capela em devoção a esse santo foi encaminhada em 07 de junho de 1803, e o terreno doado por Manoel da Silva Pinto. O terreno consistia de “…um quarto de légua de terra de frente e meia légua de fundo…”. O templo era simples, com fachada composta de um frontispício sem torres sineiras, e no interior, capela-mor, sacristia e poucos ambientes.
Igreja de São Benedito, na década de 1940.
Em 1858, já com recursos do Governo Provincial, a igreja ganhou mais uma torre, agora ao lado da Epístola, além da construção do consistório. Em 1872, a igreja encontrava-se bastante deteriorada, recebendo urgentes reformas. Entre elas, a demolição da capela-mor e do arco-cruzeiro, a construção de uma nova capela-mor, da sacristia e do consistório nas laterais. A nave foi ampliada, e a torre do lado da epístola foi concluída. A arquitetura se mantém até hoje.
Com o revestimento de pedra piracuruca, no ano de 1990.
Em 1989, em uma reforma feita pelos padres da igreja, resolveram revesti-la totalmente em pedra piracuruca, descaracterizando completamente sua fachada. Por essa igreja estar inclusa dentro da área tombada como patrimônio histórico, a obra foi embargada; posteriormente foi retirado por completo, o revestimento, e sua fachada voltou ao estado original.
A construção teve início no mesmo ano e concluída em 1815. De acordo com a Lei Provincial nº13, de 08 de maio de 1835, foi criada a Freguesia de São Benedito, e a capela foi elevada a Matriz no ano seguinte. A partir de então, a nova igreja passou por transformações para se adaptar a um maior número de devotos, e foi construída uma torre do lado do Evangelho. Naquela época, a igreja não aceitava negros entre seus devotos. Durante a revolta da Balaiada, as dependências da igreja serviram como abrigo durante o cerco dos revoltosos.
A planta é regular, desenvolvendo-se em três níveis: pavimento térreo, pavimento superior e torres sineiras. Edificada em alvenaria, rebocada e pintada na cor goiaba, com moldura, frisos e pedra piracuruca. A cobertura é de telha de barro. O interior completamente modificado, com inserção de elementos novos não condizentes ao estilo arquitetônico. O piso original era de barro cozido, sendo trocado por piso cerâmico, depois da metade do século XX.
Detalhe do piso cerâmico.
Na década de 1960, novas mudanças são realizadas. Sob ordens do páraco responsável, foram retirados os antigos altares, bem como o grande altar- mor, onde o padre celebrava a missa de costa para os fiéis. O projeto, de acordo com o responsável, visava a modernização da igreja, algo que não fora bem recebido pelos fiéis, que contestaram a radical mudança.
Altar-mor, construído na década de 1960.
Entre o acervo móvel e integrado da Igreja de São Benedito estão: retábulos do século XIX (1875) e do inicio do século XX; seis lápides parietais do século XIX; três sinos de 1866, além de objetos litúrgicos. Entre as imagens estão: duas esculturas de São Benedito, Bom Jesus dos Passos, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora da Conceição, Sant Rita de Cássia, Nossa Senhora dos Anjos, Senhor Morto, todas do século XIX.
Imagem de Jesus crucificado (Obra do artista plástico caxiense Munico Santos), ladeada pelas imagens de São Benedito e Nossa Senhora da Conceição.Imagem de Nossa Senhora de FátimaImagem do São Benedito. Ao fundo imagem de Jesus Crucificado.Gruta de Nossa Senhora de Lourdes (imagem datada de 1928).
Vitral da Imaculada Conceição, um dos dois que integram a Igreja.
Visão da nave da Igreja.
Coro da Igreja.Detalhes das janelas.
Relação dos párocos que passaram pela Igreja, desde o final do século XIX:
Pe. Manoel José d’Oliveira Mirasol (atuante em 1886)
Fontes: Texto de Eziquio Barros Neto no livro “Cartografias Invisíveis“/Ano: 2015;Paróquia de São Benedito; Jornal O Paiz; Jornal Gazeta; Jornal Pacotilha; Jornal O Lábaro..
Osmar Rodrigues Marques foi um escritor ativo, que, além de escrever constantemente, promovia eventos literários. Nasceu em Caxias, no dia 23 de janeiro de 1929.
Na sua terra viveu a infância e publicou seu primeiro conto, aos doze anos de idade. Sua família era humilde – a mãe era doceira e dona de casa e o pai, marceneiro e apicultor – e era composta por mais quatro irmãos. Aos 21 anos mudou-se para o Rio de Janeiro, com o intuito de alcançar um curso superior. Lá, apesar das dificuldades financeiras, superadas também com o apoio do irmão, conseguiu empregar-se e formar-se em Direito.
Na então Capital Federal, fundou a Editora Caminho e promoveu o Festival de Poetas Inéditos. Deixou diversos livros de romances, contos e novelas. Também era artista plástico, onde ele próprio fazia a capa de seus livros. Recebeu diveros prêmios literários e comendas pelo Brasil.
Osmar Marques realiza sessão de autógrafos em seu livro “Linha do Vento”, no ano de 1963, no Cassino Caxiense. Imagem: Acervo de Lucinha Marques (sobrinha de Osmar).
É membro fundador da Cadeira n. 10, da Academia Caxiense de Letras.
Osmar Marques faleceu em Niterói – RJ, no dia 26 de agosto de 1999.
Fontes: Thania Damasceno/Blog Revista Binóculo; Academia Caxiense de Letras
Miron de Moura Pedreira nasceu em Caxias, no dia 30/09/1888, filho do sr. Manoel Gonçalves Pedreira e de d. Adelina de Moura Pedreira. Formou-se, em 1910, pela Faculdade de Medicina da Bahia, retornando à Caxias, logo em seguida.
Na mesma época em que cursava medicina, Miron também estava matriculado no curso de Farmácia, graduando-se em ambos na mesma época. Com o falecimento do pai, o jovem assume a sua farmácia na Rua Dias Carneiro, alterando o nome para Farmácia Pedreira. Além da carreira médica, Miron também foi redator dos jornais O Lilaz e o O Bloco. Nesse período, também chegou a ser envolver no meio político de Caxias, candidatando-se ao cargo de Intendente Municipal.
Médico humanitário, não cobrava por consulta, atendendo em sua residência todo tipo de paciente das mais diferentes classes sociais, o que lhe deixou conhecido como “o médico dos pobres”. Na década de 1930, acometido de cegueira completa, bem como de dores no corpo, que o impossibilitaram de locomover-se, o médico vivia através da ajuda de diversas pessoas. Tendo, nos seus últimos anos de vida, recebido uma pensão do governo. No dia 03 de novembro de 1933, foi realizado no Teatro Arthur Azevedo, em São Luis (MA), um espetáculo da Trupe Bibelot, em benefício do médico. Miron Pedreira faleceu em Caxias, no dia 26 de março de 1934.
Em 22 de janeiro de 1956, fora inaugurado em Caxias, em homenagem ao médico, o famoso “Hospital Miron Pedreira” (Rua Aarão Reis – Onde atualmente funciona a UniFACEMA), o qual funcionou até a década de 1990. Vale ressaltar que, em 1908, o próprio Miron Pedreira teve a ideia da criação de um centro médico, onde pudessem ser atendidas, de preferência, as pessoas pobres do município; chegando a fundar a Associação de Caridade de Caxias, para a arrecadação de fundos. Contudo, devido a insuficiência de recursos à época, bem como pela falta de apoio do Poder Público, essa ideia não pôde sair do papel.
Fontes de pesquisa: Jornal O Combate; Livro Por Ruas e Becos de Caxias/Autor: Eziquio Barros Neto.
Obra do artista plástico piauiense Will Silva, o “painel caricatural” foi inaugurado no dia 25 de setembro de 1998, durante a administração do prefeito Eziquio Barros Filho. Esse painel foi idealizado pelo secretário de cultura à época, Renato Menezes. O painel foi criado em homenagem aos membros do “Senadinho”, um grupo informal de intelectuais, políticos, empresários, escritores e poetas, que se reuniam na atual praça Joaquim Benedito da Silva, no centro de Caxias, em frente ao Café do Profeta (onde hoje funciona uma pastelaria, ao lado do barbeiro Lino), de Daniel Feitosa, depois Café Senadinho.
A atual lanchonete conhecida como “Senadinho Express” (local onde está instalado o painel) fora criada nos anos 90, recebendo esse nome em homenagem ao antigo Café Senadinho. No painel consta as caricaturas dos frequentadores mais assíduos durante as várias etapas de existência do Senadinho.
Entre outros, integravam o Senadinho: Álvaro Simão, Aniceto Cruz, Carlos Maranhão, Cid Teixeira de Abreu, Daniel Filho, Delmar Silva, Enoque Torres da Rocha, Fernando Chaves, Floriano Pereira de Araújo e Silva, Gentil Menezes, Heitor Barreto, Isaac Pereira, Jadhiel Carvalho, João Cunha, João Lobo, José Simão, Josino Frazão, Lafite Fernandes, Luís Leitão, Luís Gonzaga de Abreu Sobrinho, Mateus Assunção, Moisés Varão, Mota Andrade, Orlando Gonçalves, Pedro Soares, Raimundo Mário Rocha, Rodrigo Baima, Rodrigo Octavio Teixeira (Tavico), Silas Marques Serra (Reverendo), Wilson Egídio dos Santos, Zé Alves.
Fonte de pesquisa: Livro “Efemérides Caxienses”/Autor: Arthur Almada Lima Filho/Ano: 2014
Neste sobrado em art decó, foi instalada, em 29 de abril de 1940, a primeira subagência do Banco do Brasil, do estado do Maranhão (que, até então, só estava presente na capital). Como primeiro gerente, fora nomeado o sr. Armando Gonçalves.
O prédio é um dos poucos que ainda mantém sua fachada original (apesar de algumas alterações). Está localizado próximo a Livraria Graúna. É de propriedade da família Leitão.
O edifício à época de sua inauguração.
Fonte: Livro Cartografias Invisíveis/Ano: 2014; Hemeroteca Digital.