“Não basta parecer, tem que ser”

Na Roma antiga, naquele tempo de luxúria e de traições, dizia-se: “não basta ser, tem que parecer”. Ou seja, alguém era tido como honesto (a), mas não se comportava como tal.

É muito comum ouvir dizer: estou do seu lado, acho que teve uma boa formação e pode colaborar conosco, continuo seu amigo repercutindo seus textos importantes; na prática, contudo, essa pessoa tornou-se e permanece indiferente e, em situações de afirmação, comporta-se com frieza diante dos fatos, como se nada tivesse acontecido. Costuma-se dizer: o verdadeiro amigo se conhece nas horas mais difíceis e aí é que você vai saber quem está realmente do seu lado. 

Quando se ingressa em uma organização voltada à cultura, por exemplo, obtêm-se, sem nenhuma dúvida, a aprovação dos seus membros. Integrante de organizações desse tipo, egresso de uma eleição ‘a convite’, em discurso formal de posse, define seu conjunto de ações, sabendo com quem pode contar para saber quais dessas ações vão ser priorizadas.

Para o alcance desses objetivos, entretanto, esse novo membro precisa muito de duas premissas básicas: uma equipe de trabalho que seja competente e leal, constituindo-se num verdadeiro TIME, e do apoio explícito não só da confraria que o elegeu.

Comecemos pelo TIME. Os componentes de um TIME têm que ser competentes, solidários e atuantes. Não basta que cada um seja assim: tem que ser solidário nas conquistas do outro, compreender as suas dificuldades e o defender nas horas certas, em uma postura de verdadeiro amigo e não simplesmente de um simples integrante de equipe, apenas fazendo a sua parte. Tem que haver esforços comuns.

A sociedade organizada, que abriga o que há de mais representativo na vida social, econômica e política de uma cidade e com certeza constituída de inúmeros simpatizantes dessa organização, tem um papel de grande responsabilidade no processo de sua auto-gestão: promover a integração dos seus diversos segmentos com o governo e com outras organizações similares, porque está diante de um novo momento em que o progresso acena com oportunidades de grande efeito multiplicador. Mas isso nem sempre acontece, lamentavelmente.

Em breve haverá uma nova geração de líderes responsáveis pela consolidação dos esforços desses tempos nebulosos e a realidade econômica, social, cultural e política dessa cidade será diferente: rica, usos e costumes civilizados, e representação cada vez mais democrática.

*O caxiense Augusto Brandão é Economista e Membro Honorário da ACL, ALL e AMCJSP.

Um comentário em “

  1. Parabéns pela iniciativa deste site, é um trabalho incrível. Descobri a pouco tempo e já viajei por todas as publicações, em especial a história do cinema Rex, da praça Dias Carneiro e Delfinlandia que ainda não conhecia. Aguardo por mais histórias da nossa querida cidade e nossos ilustres e saudosos conterrâneos.
    Gostaria de ver sobre a antiga ponte de madeira sobre o rio Itapecuru ( que desabou )

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