Prof. Leôncio Magno

Caxiense de coração, Leôncio Magno de Oliveira era natural do Ceará. De sua infância e início de juventude, quando ainda residia em terras cearenses, quase nada se sabe. Informações apontam que sua cidade natal seria o Canindé, município da fé e de São Francisco das Chagas. Tendo nascido no final do século XIX, no dia 21 de setembro.

Chegado o momento de escolha da carreira profissional, Leôncio resolve seguir o magistério. Dotado de uma grande capacidade oratória, e de uma invejável habilidade na escrita, Leôncio realiza, ainda no Ceará, a sua estreia jornalística. A publicação chamava-se Santuário de Canindé, periódico local, no qual o jovem colaborou durante algum tempo.

Na década de 1930, Leôncio muda-se para o Maranhão, mais precisamente para o município de Carolina. Vindo da cidade da fé, Leôncio era católico fervoroso, o que o levou a fazer parte do movimento Integralista (movimento político de combate ao comunismo). Em 1934, ainda em Carolina, chegou a se candidatar ao cargo de Deputado Federal, por esse movimento; contundo, não obteve êxito.

No ano seguinte, 1935, surge o seu primeiro registro em Caxias. Através de Ato do Governo Estadual, Leôncio fora nomeado ao cargo de professor de Matemática da Escola Normal de Caxias, vindo a fixar residência na cidade. Muito participativo nas solenidades católicas, logo ganhou a amizade dos párocos locais. Que, por observarem a sua dedicação à religião, o convidaram a participar do jornal da Diocese, O Cruziero – periódico que havia sido fundado dois anos antes de sua vinda a Caxias. Assim, prof. Leôncio dirigiu o jornal até quando este saiu de circulação, em 1960.

Em sua carreira de professor, também fora docente no Ginásio Caxiense, ministrando aulas em diversas cadeiras. Em 1946, fazia parte, como orador, da Associação Rural de Caxias. No ano seguinte, foi diretor de publicidade da Sociedade dos Amigos de Francisco Dias Carneiro. Também foi Diretor da Secretaria da Câmara Municipal de Vereadores, e sócio honorário da União Artística.

Prof. Leôncio, já idoso, em fotografia da década de 1960.

Em reconhecimento aos valiosos serviços prestados a educação caxiense – bem como em outras áreas de atuação -, a Câmara dos Vereadores lhe conferiu o título honorário de Cidadão Caxiense; cidade em que viveu até o fim da vida.

Prof. Leôncio Magno faleceu em Caxias, no dia 05/08/1973. Deixava o plano terreno, aquele que, segundo o escritor Libânio da Costa Lôbo (in memoriam), foi: “Um santo com trajes civis”. Por viver uma vida simples e até um pouco reclusa, o professor, materialmente, nada deixou, bem como não teve filhos.

Em sua homenagem, o campus de Caxias da UEMA batizou o seu auditório com o seu nome. Professor Leôncio Magno também é Patrono da Cadeira de n. 23 do Instituto Histórico de Geográfico de Caxias.


Fontes de pesquisa: Livro Vulto Singular Em Meio a Rico Mosaico/Autor: Libânio da Costa Lôbo/Ano: 2003; Jornal Cruzeiro; Jornal Diário de São Luiz; Jornal Pacotilha; Livro Por Ruas e Becos de Caxias/Autor: Eziquio Barros Neto/Ano: 2020.

Imagem da publicação: Jornal Folha de Caxias.

Laci Assunção

Laci, década de 1970.

A professora Laci de Lourdes Assunção, nasceu no dia 07 de agosto de 1908. Primogênita do casal Benedito José Assunção e Francisca Chaves de Assunção. Cresceu junto aos irmãos no casarão da família, na Rua Manoel Gonçalves, esquina do Largo de São Sebastião. Era irmã de: Benedito (Bina), Antônio, Mário, Edmée, Maria de Jesus (Mila), Valderez, Maria Celeste, Elvira e Anie.

Cursou o ensino fundamental em Caxias. Após, estimulada por sua professora, foi enviada para São Luis, a fim de completar os estudos. Concluído o Curso Normal, regressa à Caxias, onde passa a ensinar particular em casa, alfabetizando parentes e crianças carentes da vizinhança. Com a fundação Ginásio Caxiense, passa a lecionar as disciplinas de Português e Francês.

Certo dia, olhando a Capela de São Sebastião, obra iniciada no século XIX, arquitetou sua conclusão e pensou em reiniciar os festejos em honra ao Santo, interrompidos há vários anos. Era o ano de 1944. As pessoas falavam da 2ª Grande Guerra e ela, ao saber que Mário, seu irmão, fora convocado para servir na Itália, fez uma promessa: se a guerra terminasse, recomeçaria a construção da Capela. Porém, antes de terminar a guerra, convidou amigos e vizinhos e realizou o primeiro festejo em janeiro de 1945. A partir desse momento, travou uma luta para concluir a construção da pequena igreja que, aos poucos, fora concluída.

Laci Assunção, lecionou, durante anos, em diversas instituições de ensino de Caxias, como: Ginásio Caxiense e Colégio São José. Muito religiosa, pertenceu a inúmeras pastorais, como a Associação de São José e a Associação da Pia União das Filhas de Maria. Com um grande talento na escrita e oratória, proferiu diversos discursos em diferentes festividades e comemorações, bem como escreveu muitos versos e poemas.

Laci Assunção, faleceu no ano de 1984.



Fonte: Livro Pedaços do Coração/Ano: 2010

Imagem da postagem: Acervo Família Assunção. Restauração: Brunno G. Couto

Dom Luiz Gonzaga da Cunha Marelim

Ano da fotografia: 1941


“Sua Santidade o Papa Pio XII elegeu bispo da nova diocese o Pe. Luis Gonzaga da Cunha Marelim, da Congregação da Missão, então Reitor do Seminário Santo Antônio, de São Luis, aos 19 de julho de 1941, por delicadeza do Santo Padre, festa de São Vicente naquela época. A notícia só chegou aos 22 de julho pelas ondas dos rádios e o telegrama Western submarino do Sr. Núncio Apostólico. Houve grande regozijo e festas no Seminário e Capital de São Luis. Muitos foram saudar o eleito”

Fonte: Livro: Caxias, 50 anos de Diocese/Autor: Pe. José Mendes Filho