Mons. Arias Cruz

Mons. Arias, década de 1940.

Arias Benedito de Almeida Cruz, filho de José Castelo Branco da Cruz (Casé Cruz) e Martinha Nunes de Almeida, nasceu em Caxias a 14 de novembro de 1893. Tinha mais nove irmãos: Aída, Aniceto, Acrísio, Achilles, Almir, Ariston, Altair, Armênio e Alvice.

Foi ordenado Sacerdote na Igreja de Santo Antônio (São Luis), em 11 de junho de 1916. Celebrou sua primeira missa em Caxias, onde ocupou vários cargos públicos. Depois transferiu-se para São Luis onde foi Diretor de Instrução Pública, Diretor da Escola Normal, Diretor do Liceu Maranhense, Colégio Santa Tereza, Colégio Rosa Castro e no Seminário de Santo Antônio.

Como professor, lecionou as seguintes disciplinas: Religião, Língua Portuguesa e História Geral. Foi Capelão da Igreja da Sé, do Colégio Santa Tereza e do Hospital Português.

Nomeado Cônego Honorário em 1930 e Catedrático em 1941. Destacou-se também como jornalista e orador sacro. Seus artigos e conferências tratavam dos assuntos pertinentes a educação, trabalho, questões agrárias, acontecimentos históricos etc. Tendo sido publicados em outros estados, como: Piauí, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Caxias. Esse material pode ser encontrado nos jornais Gazeta de São Paulo, Gazeta de Porto Alegre, Gazeta do RJ, Jornal do Maranhão, Tribuna Caxiense, Pioneiro de Caxias etc.

Recebeu o título de Monsenhor em 1950. Voltou a residir em Caxias, em dezembro de 1955. Em 1966, foram realizadas diversas celebrações em sua cidade natal, em comemoração aos seus cinquenta anos de sacerdócio

Faleceu em Teresina, em 12 de janeiro de 1970.



Fontes: Jornal do Maranhão; Site Recanto das Letras.

Imagem da postagem: Acervo do IHGC. Restauração e Colorização: Brunno G. Couto

Osmar Rodrigues Marques

Ano da fotografia: Década de 1950, provavelmente.

Osmar Rodrigues Marques foi um escritor ativo, que, além de escrever constantemente, promovia eventos literários. Nasceu em Caxias, no dia 23 de janeiro de 1929.

Na sua terra viveu a infância e publicou seu primeiro conto, aos doze anos de idade. Sua família era humilde –  a mãe era doceira e dona de casa e o pai, marceneiro e apicultor –  e era composta por mais quatro irmãos. Aos 21 anos mudou-se para o Rio de Janeiro, com o intuito de alcançar um curso superior. Lá, apesar das dificuldades financeiras, superadas também com o apoio do irmão, conseguiu empregar-se e formar-se em Direito.

Na então Capital Federal, fundou a Editora Caminho e promoveu o Festival de Poetas Inéditos. Deixou diversos livros de romances, contos e novelas. Também era artista plástico, onde ele próprio fazia a capa de seus livros. Recebeu diveros prêmios literários e comendas pelo Brasil.

Osmar Marques realiza sessão de autógrafos em seu livro “Linha do Vento”, no ano de 1963, no Cassino Caxiense.
Imagem: Acervo de Lucinha Marques (sobrinha de Osmar).

É membro fundador da Cadeira n. 10, da Academia Caxiense de Letras.

Osmar Marques faleceu em Niterói – RJ, no dia 26 de agosto de 1999.



Fontes: Thania Damasceno/Blog Revista Binóculo; Academia Caxiense de Letras

Restauração e Colorização: Brunno G. Couto

Dr. Miron Pedreira

Miron, no ano de 1910.

Miron de Moura Pedreira nasceu em Caxias, no dia 30/09/1888, filho do sr. Manoel Gonçalves Pedreira e de d. Adelina de Moura Pedreira. Formou-se, em 1910, pela Faculdade de Medicina da Bahia, retornando à Caxias, logo em seguida.

Na mesma época em que cursava medicina, Miron também estava matriculado no curso de Farmácia, graduando-se em ambos na mesma época. Com o falecimento do pai, o jovem assume a sua farmácia na Rua Dias Carneiro, alterando o nome para Farmácia Pedreira. Além da carreira médica, Miron também foi redator dos jornais O Lilaz e o O Bloco. Nesse período, também chegou a ser envolver no meio político de Caxias, candidatando-se ao cargo de Intendente Municipal.

Médico humanitário, não cobrava por consulta, atendendo em sua residência todo tipo de paciente das mais diferentes classes sociais, o que lhe deixou conhecido como “o médico dos pobres”. Na década de 1930, acometido de cegueira completa, bem como de dores no corpo, que o impossibilitaram de locomover-se, o médico vivia através da ajuda de diversas pessoas. Tendo, nos seus últimos anos de vida, recebido uma pensão do governo. No dia 03 de novembro de 1933, foi realizado no Teatro Arthur Azevedo, em São Luis (MA), um espetáculo da Trupe Bibelot, em benefício do médico. Miron Pedreira faleceu em Caxias, no dia 26 de março de 1934.

Em 22 de janeiro de 1956, fora inaugurado em Caxias, em homenagem ao médico, o famoso “Hospital Miron Pedreira” (Rua Aarão Reis – Onde atualmente funciona a UniFACEMA), o qual funcionou até a década de 1990. Vale ressaltar que, em 1908, o próprio Miron Pedreira teve a ideia da criação de um centro médico, onde pudessem ser atendidas, de preferência, as pessoas pobres do município; chegando a fundar a Associação de Caridade de Caxias, para a arrecadação de fundos. Contudo, devido a insuficiência de recursos à época, bem como pela falta de apoio do Poder Público, essa ideia não pôde sair do papel.



Fontes de pesquisa: Jornal O Combate; Livro Por Ruas e Becos de Caxias/Autor: Eziquio Barros Neto.

Imagem da publicação: Acervo do IHGC

Restauração e Colorização: Brunno G. Couto

Dom Luiz Gonzaga da Cunha Marelim

Ano da fotografia: 1941


“Sua Santidade o Papa Pio XII elegeu bispo da nova diocese o Pe. Luis Gonzaga da Cunha Marelim, da Congregação da Missão, então Reitor do Seminário Santo Antônio, de São Luis, aos 19 de julho de 1941, por delicadeza do Santo Padre, festa de São Vicente naquela época. A notícia só chegou aos 22 de julho pelas ondas dos rádios e o telegrama Western submarino do Sr. Núncio Apostólico. Houve grande regozijo e festas no Seminário e Capital de São Luis. Muitos foram saudar o eleito”

Fonte: Livro: Caxias, 50 anos de Diocese/Autor: Pe. José Mendes Filho

Alfredo Beleza

Alfredo, no ano de 1928.


Alfredo Beleza foi um dos regentes da longeva banda Euterpe Cariman de Caxias, tendo exercido a função durante o primeiro quartel do século XX. Inicialmente, era somente uma banda de músicas marciais, só próximo da virada do século foi que a Orquestra foi posta em ação.

Alfredo era de uma dinastia de músicos caxienses, exímio saxofonista; sua primeira atitude foi mudar o nome da Banda para “Goiabada”. Era pai de Durval, Josias, José Alfredo e Mário, que também participavam da banda. A Euterpe Cariman fazia apresentações em toda a região próxima a Caxias, e chegou inclusive a excursionar no Piauí.

Como o falecimento de Alfredo, em 1937, seu filho Josias Chaves Beleza, assumiu a direção da banda.


Imagem da postagem: Acervo do IHGC. Restauração e Colorização: Brunno G. Couto
Fonte: Livro Cartografias Invisíveis/Ano: 2014; APEM