Este templo religioso foi construído por devotos da Irmandade do Glorioso São Benedito apenas com seus donativos, sem dinheiro público. A petição para a construção da capela em devoção a esse santo foi encaminhada em 07 de junho de 1803, e o terreno doado por Manoel da Silva Pinto. O terreno
consistia de “…um quarto de légua de terra de frente e meia légua de fundo…”. O templo era simples, com fachada composta de um frontispício sem torres sineiras, e no interior, capela-mor, sacristia e poucos ambientes.
Em 1858, já com recursos do Governo Provincial, a igreja ganhou mais uma torre, agora ao lado da Epístola, além da construção do consistório. Em 1872, a igreja encontrava-se bastante deteriorada, recebendo urgentes reformas. Entre elas, a demolição da capela-mor e do arco-cruzeiro, a construção de uma nova capela-mor, da sacristia e do consistório nas laterais. A nave foi ampliada, e a torre do lado da epístola foi concluída. A
arquitetura se mantém até hoje.
Em 1989, em uma reforma feita pelos padres da igreja, resolveram revesti-la totalmente em pedra piracuruca, descaracterizando completamente sua fachada. Por essa igreja estar inclusa dentro da área tombada como patrimônio histórico, a obra foi embargada; posteriormente foi retirado por completo, o revestimento, e sua fachada voltou ao estado original.
A construção teve início no mesmo ano e concluída em 1815. De acordo com a Lei Provincial nº13, de 08 de maio de 1835, foi criada a Freguesia de São Benedito, e a capela foi elevada a Matriz no ano seguinte. A partir de então, a nova igreja passou por transformações para se adaptar a um maior número de devotos, e foi construída uma torre do lado do Evangelho. Naquela época, a igreja não aceitava negros entre seus devotos. Durante a revolta da Balaiada, as dependências da igreja serviram como abrigo durante o cerco dos revoltosos.
A planta é regular, desenvolvendo-se em três níveis: pavimento térreo, pavimento superior e torres sineiras. Edificada em alvenaria, rebocada e pintada na cor goiaba, com moldura, frisos e pedra piracuruca. A cobertura é de telha de barro. O interior completamente modificado, com inserção de elementos novos não condizentes ao estilo arquitetônico. O piso original era
de barro cozido, sendo trocado por piso cerâmico, depois da metade do século XX.
Na década de 1960, novas mudanças são realizadas. Sob ordens do páraco responsável, foram retirados os antigos altares, bem como o grande altar- mor, onde o padre celebrava a missa de costa para os fiéis. O projeto, de acordo com o responsável, visava a modernização da igreja, algo que não fora bem recebido pelos fiéis, que contestaram a radical mudança.
Entre o acervo móvel e integrado da Igreja de São Benedito estão: retábulos do século XIX (1875) e do inicio do século XX; seis lápides parietais do século XIX; três sinos de 1866, além de objetos litúrgicos. Entre as imagens estão: duas esculturas de São Benedito, Bom Jesus dos Passos, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora da Conceição, Sant Rita de Cássia, Nossa Senhora dos Anjos, Senhor Morto, todas do século XIX.
Relação dos párocos que passaram pela Igreja, desde o final do século XIX:
- Pe. Manoel José d’Oliveira Mirasol (atuante em 1886)
- Pe. Feliciano José de Abreu (atuante em 1891)
- Pe. José Ewerton Tavares (atuante em 1897)
- Pe. Raimundo Santiago
- Pe. Eugênio Deslandes
- Pe. Eurípedes Silva
- Pe. José Mariano Britto
- Mons. Gilberto Barbosa
- Mons. Clóvis Vidigal
- Pe. Máriton Silva
- Pe. Francisco Damasceno
- Pe. Otacílio
- Pe. Francisco
- Pe. Eliezer
- Pe. Sebastião
- Pe. Gildenor
- Pe. José Ribamar (atualmente)
Imagens da postagem: Acervo de Brunno G. Couto
Fontes: Texto de Eziquio Barros Neto no livro “Cartografias Invisíveis“/Ano: 2015; Paróquia de São Benedito; Jornal O Paiz; Jornal Gazeta; Jornal Pacotilha; Jornal O Lábaro..
Entusiasta da história de Caxias e amante da fotografia. Criador da página e do site Arquivo Caxias.
Bom dia!
Meu nome é Antônio Carlos, sou jornalista e pesquisador. Estou fazendo uma pesquisa sobre a Paróquia Santa Teresa D’Ávila, em Imperatriz. Tenho informações que o Padre Eugênio Deslandes passou por Imperatriz entre os anos de 1908 e 1910. Vocês teriam alguma fotografia do padre Eugênio?
Boa noite. Infelizmente, não tenho.