PROTAGONISMO (Texto de Augusto Brandão)

*Antônio Augusto Ribeiro Brandão

“A cultura não é propriedade de ninguém, mas um processo de acumulação de acumulação ao longo dos tempos.” Esta frase sugere que cada um de nós e suas circunstâncias deve apropriar-se dos conhecimentos existentes e acrescentar-lhes valor.”

Sou um economista formado nos tempos em que o Brasil apontava a uma grande nação. Em 1959, o presidente Juscelino Kubitscheck atingiu o auge do seu governo de grandes e definitivas realizações.

Essa coincidência, com a economia brasileira crescendo, foi definitiva na minha formação em economia em um curso de preocupações mais acadêmicas, na Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas do Rio de Janeiro, atualmente integrante da Universidade Cândido Mendes, pioneira após o reconhecimento da profissão, em 1951.

Foi assim que, desde então, vocacionado à profissão, tornei-me leitor aplicado aos livros especializados e de grandes pensadores da ciência econômica, suas teorias e práticas reconhecidas, escritor em busca de resultados nas diversas funções que exerci, seja no serviço público, seja na universidade.

Entre outras experiências enriquecedoras, ajudei a fundar as primeiras escolas de nível superior do Estado do Maranhão, depois transformadas em uma Federação, para culminar na Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, da qual fui professor titular. Depois, na Universidade Federal do Maranhão – UFMA, ensinei Teoria Econômica, com ênfase em Economia Monetária, até 1997 quando fui aposentado.

Mas jamais me afastei das atividades universitárias: tive livros editados, a saber: “Fortes Laços”, em 2007, “Crônicas de 400 anos/Chroniques de 400 ans”, em 2012, “Desafios à teoria econômica/Challenges to the economic theory”, em 2015, “Economia\ – Textos Selecionados, em 2019, e fui protagonista das relações internacionais da UFMA, realizando palestras em Lyon e Coimbra.

Em tempos mais recentes, principalmente depois de 2019, quando o Conselho Regional de Economia – CORECON apoiou o lançamento do meu quarto livro, aproximei-me da minha classe profissional, com benefícios recíprocos.

Na minha avaliação, os economistas maranhenses precisam ter um protagonismo maior, assim como tenho tido, diante da grave situação vivida atualmente pelo Brasil. Assim é que, depois de sugerir uma pesquisa acadêmica em parceria com o Departamento de Economia – DECON, da UFMA, infelizmente debalde, estou insistindo: com a periodicidade a ser definida, entre outros detalhes, artigos a serem compartilhados e publicados na imprensa local.

Penso que esta seria uma forma de termos um protagonismo maior por parte do CORECON.

*Economista. Membro Honorário da ACL, ALL e AMCJSP

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