Paulino Almeida, um músico caxiense de sucesso

Em uma quinta-feira do mês de julho de 1952, jazia no chão da Praça Tiradentes, berço da vida noturna carioca, o corpo de um homem. Ladeando-o, agarrado à sua mão, um saxofone. Naquele local, em frente ao Teatro Carlos Gomes, pouco tempo antes, o falecido havia executado aquela que seria a sua última apresentação. Nem todos sabiam, mas aquele músico não era filho do Rio de Janeiro, e sim da distante Caxias, no Maranhão. Seu nome: Paulino Almeida.

Filho de Augusto Paulo de Almeida e Maria José (Zezé) Teixeira Santos, Paulino nasceu em Caxias, no dia 10/04/1909 (existem relatos de que a data seria 03/04/1904). “Paulino” era apelido; na verdade, o seu nome completo era: Paulo Augusto de Almeida Santos. Tinha mais três irmãos (Djalma, Docila e Raimundo), sendo, o mais novo, de nome Raimundo (nascido em 1917) – que, anos mais tarde, seria conhecido apenas por Mundico Santos.

Desde pequeno, Paulino já demonstrava um grande interesse por música. Ainda criança, dedilhava, com habilidade, numa flauta de bambu, os sambas e tangos que a banda Carimã do maestro Alfredo Beleza executava nas festas da cidades e salões dos clubes. Vendo – e ouvindo – as habilidades do jovem, o velho Beleza convidou-o a estudar as primeiras noções de melodia com ele.

Logo, Paulino passou a integrar a orquestra Carimã e especializou-se no saxofone. Quase como uma extensão de seu corpo, o músico passou a dominar, com extrema habilidade, aquele instrumento. Como maestro, também chegou a fundar a sua própria orquestra. Executando composições suas ou de outros músicos, Paulino tocava belos solos pelas ruas de Caxias. À luz do luar, notívagos e boêmios paravam para ouvi-lo. Em serenata para damas, o nome de Paulino era bastante procurado.

Talvez por seu estilo mais popular ou por uma questão de preferência, Paulino não podia apresentar-se no salões da cidade, sobretudo do Cassino Caxiense (que, nessa época, funcionava no Edifício Duque de Caxias), União Operária e Centro Artístico. Contudo, nem por isso deixava de exibir sua arte. Logo, encontrou uma solução. Nas décadas de 20 e 30, quando chegava o Sábado de Aleluia, o músico providenciava um palanque no Largo do Rosário e convidava a população para o espetáculo. Como naquele dia acontecia a tradicional “Malhação do Judas”, Paulino também elaborava o testamento do boneco, em um texto cheio de humor.

Dando início ao evento, Paulino, de terno branco e colete, começa a tocar os seus solos de sax, tendo como interlúdio algumas piadas que contava para tirar risos dos presentes. “Os solos, num crescendo, aumentavam a vibração. Chega-se ao ápice. A leitura do testamento do Judas. […] Criança! – e carregado pelas mãos do meu genitor Cocó – eu assistia àqueles espetáculos. Com vibrantes solos de sax e testamentos de Judas, sob medida. Os mais lindo que, ao fio dos anos, a mim me foram dado ouvir. Nem além nem aquém – sendo a crítica na medida certa”. (Libânio da Costa Lobo; Livro Vulto Singular).

O jovem Marcello Thadeu Assumpção (que, anos mais tarde, tornou-se aclamado médico e político) também testemunhou os talentos do músico: “Década de 30. Quando me tocava de sorte passar pela Rua São Benedito, precisamente pela porta da casa de dona Zezé Teixeira Santos, eu era levado a diminuir a marcha das minhas passadas para, numa curiosidade natural e justificável, ficar ouvindo o maravilhoso saxofone do maestro – Paulo Almeida, filho de dona Zezé. Não me contendo, batia palmas e pedia para entrar e ver de perto o maestro executar o seu instrumento”.

Desejando voar mais alto em sua carreira, na década de 30, Paulino mudou-se para a capital do Estado. Em São Luis, foi conquistando as graças do público, passando a ser conhecido como “príncipe dos saxofonistas do Norte”. A alcunha veio após integrar o conjunto “Jazz Alcino Bílio”, que excursionava em todo Norte e Nordeste do Brasil. Além de Paulino, a banda era composta por: José de Ribamar Passos, o “Chaminé”, pianista e acordeonista; João Pereira Balby, saxofonista vienense; e o saxofonista Hélcio Jardim Brenha. José e Paulino alternavam-se na regência do grupo. Tamanho foi o sucesso que, em agosto de 1937, a banda chegou a se apresentar nos jardins do Palácio do Governo do MA.


À parte a atuação no conjunto (Paulino deixou a jazz band por volta de 1938) e da profissão como professor de música, Paulino também tinha uma vitoriosa carreira solo, tendo realizado inúmeras composições. Em 1935, por exemplo, compôs “uma sublime rapsódia”, que denominou “João Pedro da Cruz Ribeiro”. O homenageado que dava nome à composição, era genitor do dr. Fernando Ribeiro, respeitado Chefe de Polícia do Maranhão. Sob a batuta de Paulino, a música foi executada pela banda do 24 BC, na praça Benedito Leite, em São Luis.

Apesar da carreira exitosa em seu Estado Natal, Paulino queria mais. Já como um músico experiente e de fama, decidiu rumar para a então capital da República, o Rio de Janeiro. E assim, em julho de 1941, pelo “Itapé”, Paulino Almeida despediu-se dos maranhenses. O artista não sabia, mas nunca mais voltaria à sua terra.

A nova cidade não era de todo estranha. Afinal, no Rio, levou a sua música para a Associação dos Maranhenses, que estava sob a presidência do Dr. Antônio Dino, e vice-presidência do caxiense General José de Jesus Lopes. Todo e qualquer evento realizado pela Associação, chamava-se o músico para apresentar-se. Orgulhoso de suas conquistas, em terras cariocas, Paulino posou para uma fotografia segurando o inseparável saxofone. O registro tinha destino certo: d. Zezé. De terno alinhado e sorriso no rosto, o filho dedicava à mãe aquela singela lembrança, que se tornaria o seu único registro fotográfico conhecido. Ao fim, colocou a data: 08 de julho de 1948.


“[No Rio de Janeiro] Floresceu o seu talento musical. Na mesma medida, expandiu-se sua boemia. Com epicentro na Praça Tiradentes, tocava nos dancings e boates” relembrou Libânio. Apesar das apresentações entre seus patrícios, as coisas não iam como Paulino ambicionava, haja vista o seu modesto sucesso na capital federal. Possuidor de uma vida boêmia bastante ativa, com as dificuldades financeiras, Paulino intensificou ainda mais o vício no bebida. Daí para o alcoolismo, não precisou de muito.

Além do narrado acima, quase mais nada se sabe sobre a vida profissional e pessoal do músico durante a sua fase no Rio de Janeiro. O seu nome só volta ser citado nos jornais no dia de seu falecimento, em 10 de julho de 1952, após um ataque cardíaco em plena Praça Tiradentes, aos 43 anos de idade. Tendo sido sepultado em um cemitério do subúrbio carioca. “A notícia, espalhando-se, rápida que nem rastilho de pólvora em canavial, chegou à Associação Maranhense. A todos compungindo. De imediato, localizou-se o cadáver e, sob a supervisão solícita do vice-presidente General José Lopes, ocorreu o enterro. Tudo às expensas, escusado dizer, dos seus conterrâneos.” (Libânio Lobo; Livro Vulto Singular).

Calou-se Paulino, calou-se o seu sax.

Em Caxias, corria-se no imaginário popular, com testemunho de muitos caxienses, que, na hora em que Paulino faleceu no Rio de Janeiro, no Largo do Rosário, um saxofone, envolvido por luminosa auréola, envolou nos ares, espargindo belos solos musicais, como aqueles do Sábado de Aleluia.

Em sua homenagem, a Câmara Municipal de Caxias, através da Lei n°200 de 01/10/1952, renomeou a via (que liga a Rua Afonso Pena à Rua São Benedito) que ladeava a residência de sua família, no centro da cidade, para “Travessa Paulino Almeida”, nome que permanece até os dias de hoje. Em memória do irmão, Mundico Santos pintou, baseado na fotografia enviado por Paulino à mãe, um retrato seu, que atualmente integra o acervo da Academia Caxiense de Letras.

Paulino Almeida deixou várias peças populares para piano solo, disponíveis hoje no Arquivo Público do Estado do Maranhão (APEM).


Fontes de pesquisa: Áudio Arte – Memórias de um Blog Musical/Autor: Daniel L. Cerqueira; Música – O Piano no Maranhão: Uma pesquisa artística/Autor: Daniel L. Cerqueira; Jornais “Folha de Caxias” “O Cruzeiro” “O Imparcial” “Pacotilha” “O Combate”; Livro Memórias/Autor: Marcello Thadeu de Assumpção; Livro Vulto Singular/Autor: Libânio da Costa Lobo; Livro Por Ruas e Becos de Caxias/Autor: Eziquio Barros Neto; APEM- Arquivo Público do Estado do Maranhão

A história da Euterpe Carimã, a primeira banda marcial de Caxias

Antônio Marcellino Rodrigues Carimã Junior

Não se sabe ao certo o nome do fundador da Euterpe caxiense. Consta, entretanto, tratar-se de um padre. Por outra lado, há documentação exata da data de início de sua vida social: 16 de novembro de 1848, uma quinta-feira. Os seus componentes iniciais eram a seleção dos melhores músicos da cidade, alguns pertencentes a alta sociedade local. Motivos diversos, porém, levaram-na a pleno declínio em começos de 1870.

Nesse período, chega à Caxias o hábil alfaiate e apreciado musicista ludovicense Antônio Marcellino Rodrigues Carimã Junior. Rapaz novo e orgulhoso proprietário de um Stradivarious, que tomou para si o encargo de reorganizar a “Euterpe”. Para tamanha empreitada, juntou-se ao clarinetista Antônio de Sousa Coutinho, que fora seu mestre e com quem repartiu os louros e os dissabores da empresa. Com essa restruturação, a Euterpe passou a se chamar “Euterpe Carimã”, em homenagem ao seu comandante .

Curiosidade: O aclamado maestro caxiense Elpídio Pereira recebeu as primeiras lições de música nas salas de ensaio da Euterpe Carimã.
Antônio Carimã, afilhado.

Primeiramente, a Euterpe era somente uma banda de músicas marciais, apenas na virada do século é que a Orquestra é posta em ação. Em 19/04/1907, morreu Antônio Carimã Junior; o músico – que também era agente dos Correios de Caxias – contava com mais de 60 anos de idade e era solteiro. Com a morte do amigo, Coutinho passou o comando da Euterpe a Antônio Carimã, afilhado, que não desmereceu a confiança. A sua gestão, porém, foi curta, haja vista o seu falecimento em 09/07/1913.

Sem direção, os músicos decidiram passar a chefia a uma tradicional família caxiense de músicos, representada nas pessoas do trombonista Alfredo Beleza e de seu irmão Mário Pinho, soprano.

Em 1928, a Euterpe Carimã comemorou o seu 81 aniversário, sendo realizada uma grande festa nas dependências do Teatro Fênix. Esse período foi o auge da orquestra, onde realizou apresentações por diversas cidades do Maranhão e Piauí. O seu repertório era vastíssimo, sendo composto de trechos clássicos às últimas novidades musicais, bem como composições locais. Em sua primeira excursão a São Luis, em julho de 1929, a Euterpe apresentou-se em praça pública e no Teatro Arthur Azevedo.

Após a aclamada apresentação no Teatro Arthur Azevedo, no dia 29/07/1929, o povo entusiasmado acompanhou a Euterpe Carimã até o quartel da Força Policial, erguendo vivas a Caxias e a seus músicos.
Fotografia da Euterpe Carimã, no ano de 1928.

Nesse período a Euterpe era composta por 24 músicos (imagem abaixo) divididos nos seguintes instrumentos: violino A e B; saxofone, alto bemol e soprano; clarinete, piston, trombone, contrabaixo de metal, bateria, xilofone, pandeiro, flauta e flautim.

*Devido a um erro de digitação, o nome de um dos músicos acabou saindo errado. A grafia correta é “Canário”.


Em 1936, a Euterpe Carimã sofre uma grande perda. Na ocasião, os músicos estavam a bordo da lancha “Itamar” que partia de Colinas à Caxias. Por alguma razão desconhecida, a embarcação envolveu-se em um acidente. O desastre acabou tirando a vida do músico Benedito dos Santos, vulgo Camburão, que morreu afogado.

Em 1937, com o falecimento do Mestre Alfredo, a Banda passou para os filhos, porém os dois mais novos, José Alfredo e Mário, discordaram da disciplina rigorosa e enérgica dos mais velhos e tradicionalistas, Durval e Josias, o que resultou numa dissidência; os músicos também estavam divididos entre uma nova forma de fazer música e continuar com o mesmo estilo, assim a orquestra Carimã encerra temporariamente suas atividades.

Josias integrava a Euterpe desde os quatro anos de idade, tendo iniciado tocando triângulo. Assumiu a direção já na segunda metade da década de 1920, em virtude da idade avançada do pai.

Por volta de 1938, após retornar de uma temporada residindo no Norte do país, Josias reata a relação com os irmãos, que decidem retornar com a Euterpe Carimã sob sua liderança. Agora chamada de Goiabada, a orquestra voltou a tocar em festas, eventos religiosos e civis, carnavais e até em partidas de futebol.

Ainda àquele ano, a orquestra fora se apresentar na cidade de União, no Piauí. Foi então que seu irmão José Alfredo, ao separar o mais novo, Mário, de uma briga, fora gravemente ferido, o que acabou acarretando em sua morte. Após a tragédia, os músicos decidiram encerrar de vez a nonagenária Euterpe Carimã “Goiabada”. Com o fim da orquestra, Josias se mudou para o Rio de Janeiro, onde deu prosseguimento em sua carreira de músico. Mário e Durval continuaram em Caxias. Um montou o primeiro conjunto de Caxias; o outro ingressou na banda de música Lira Caxiense, recém-fundada. O restante dos músicos integrou outras bandas e orquestras caxienses que estavam em atividade, tais como a própria Lira e a “14 de julho”.

Apenas em 2019, mais precisamente no dia 07 de setembro, após mais de 70 anos em inatividade, é que a Euterpe Carimã volta a ativa. Diferentemente de suas antigas formações, agora a Euterpe conta com a participação mista de homens e mulheres em seu corpo musical. Sob a direção do maestro Neto Carvalho, a banda conta com 30 ritmistas e 16 instrumentistas de sopro, somando 46 integrantes (dados do ano de 2019).

A Euterpe Carimã em fotografia do ano de 2019.

Fontes de pesquisa: Jornal Pacotilha; Jornal de Caxias; Jornal O Imparcial; A Música em Caxias: Um Prolífico Centro Musical no Sertão Maranhense/Autor: Daniel Lemos Cerqueira; Livro Cartografias Invisíveis/Texto de Raimundo Ressureição; Jornal Cruzeiro; Site da Prefeitura de Caxias

Imagens da publicação: Jornal O Imparcial; Ac. do IHGC; Reprodução do YouTube

Restauração e Colorização: Brunno G. Couto

Josias Beleza

Josias, em 1928, quando era diretor da Euterpe Carimã.

Josias Chaves Beleza nasceu em Caxias, em 26/09/1898, filho de Alfredo Beleza e de d. Leonília Chaves. Era irmão de José, Durval e Mário Beleza. Por ser filho de maestro, Josias, desde muito cedo, estudou música, paixão que conciliava com sua profissão: alfaiate. Em 1920, se casa com a sua primeira esposa, a caxiense Aristotelina Lima Beleza, com quem teve seis filhos.

Josias e seus irmãos participavam da banda de orquestra “Euterpe Carimã” (Primeira banda de música e orquestra de Caxias). Sob a regência do pai, Alfredo, os irmãos participavam das mais diversas solenidades e festividades caxienses, junto a mais vinte e poucos músicos que compunham a banda.

Além das apresentações com a banda, Josias, que também era maestro, realizava apresentações com outras orquestras. Em 1936, por exemplo, comandou, no teatro Artur Azevedo, em São Luis, um concerto de saxofone, composto por 20 instrumentistas. Na ocasião, também executou, junto ao músico caxiense Paulo Almeida (irmão do artista plástico Mundico Santos), solos de saxofone acompanhados ao piano, que arrancaram aplausos do público presente.

Josias, já mais velho.

Em 1937, Alfredo Beleza falece, deixando a banda sob a direção de Josias e Durval, os filhos mais velhos. Contudo, os mais novos, José e Mario, discordavam da disciplina rigorosa herdada pelos irmãos, no comando da banda, o que fez com que a banda se dividisse em duas. Com a divisão, a banda Carimã entra em hiato. Josias muda-se com a família para Belém (PA), onde começa a participar da Rádio Club.

Em 1939, retorna a Caxias, e com a fundação do Ginásio Caxiense, assume, como professor, a matéria de Teoria Musical. Com o seu retorno à princesa do sertão, Josias reata as relações com os irmãos, e logo retorna com a banda, agora sob o nome de: Goiabada. Nesse retorno, a banda tocou em diversos eventos de Caxias, tais como: eventos civis, religiosos, carnavais e partidas de futebol.

Em 1941, Josias decide ir morar com a família no Rio de Janeiro, então capital da República. Alguns de seus irmãos também saíram de Caxias, o que levou ao fim a Banda Carimã, depois de 94 anos de história. No Rio, Josias consegue mais destaque em sua carreira de músico, chegando a integrar diversos sindicatos, como: Sindicato dos Músicos Profissionais e Ordem dos Músicos do Brasil. Junto a amigos, também fundou, na década de 1950, a Associação Beneficente dos Músicos do Distrito Federal.

No início da década de 1960, quando a capital federal já havia sido transferida para Brasília, Josias muda-se para São Paulo. Lá, permaneceu até 1976, quando volta ao Rio, já separado da segunda esposa; dessa vez, vai para o município de Macaé.

Mesmo com a idade avançada, e já aposentado, Josias ainda dirigiu uma banda daquela cidade. Posteriormente, já de volta a São Paulo, passa a residir sob os cuidados de sua filha. Vindo a falecer em 24/05/1997, aos 98 anos de idade.

Josias, em sua carreira como compositor, deixou algumas obras registradas, tais como: valsas, canções e a marchinha de carnaval “Sonho” – composta em parceria com José Costa e Oliveira Pinho.


Fontes de pesquisa: APEM; Jornal Correspondente; Livro: Por Ruas e Becos/Autor: Eziquio Barros Neto/Ano: 2020; Nonato Ressurreição; Livro: Cartografias Invisíveis/Ano: 2015.

Imagens da Publicação: Acervo do IHGC; APEM

Restauração e Colorização: Brunno G. Couto

Alfredo Beleza

Alfredo, no ano de 1928.


Alfredo Beleza foi um dos regentes da longeva banda Euterpe Cariman de Caxias, tendo exercido a função durante o primeiro quartel do século XX. Inicialmente, era somente uma banda de músicas marciais, só próximo da virada do século foi que a Orquestra foi posta em ação.

Alfredo era de uma dinastia de músicos caxienses, exímio saxofonista; sua primeira atitude foi mudar o nome da Banda para “Goiabada”. Era pai de Durval, Josias, José Alfredo e Mário, que também participavam da banda. A Euterpe Cariman fazia apresentações em toda a região próxima a Caxias, e chegou inclusive a excursionar no Piauí.

Como o falecimento de Alfredo, em 1937, seu filho Josias Chaves Beleza, assumiu a direção da banda.


Imagem da postagem: Acervo do IHGC. Restauração e Colorização: Brunno G. Couto
Fonte: Livro Cartografias Invisíveis/Ano: 2014; APEM