Maria Alice Castelo, a primeira caxiense a ser eleita Miss Maranhão

Maria Alice, em 1956.

De tradicional família caxiense, Maria Alice Castelo Cordeiro tinha 18 anos idade quando, em 1956, foi eleita Miss Maranhão, em cerimônia realizada no Teatro Arthur Azevedo, em São Luis. A jovem de 1,61 m de altura; 60 cm de cintura; 84 cm de busto; 91 cm de quadris; 50 cm de coxa; 52 kg; sobrepujou três candidatas de admirável beleza.

À época, a jovem caxiense de cabelos e olhos castanhos, filha de Antônio Cordeiro Sobrinho e Alice Castelo Cordeiro, havia acabado de concluir o curso Ginasial, falava inglês e estava indecisa sobre a faculdade que iria cursar. Sendo eleita Miss Maranhão, o curso natural era que Maria Alice rumasse ao Rio de Janeiro para o concorrer a vaga de Miss Brasil. E assim se dera.

Maria Alice, em foto promocional.

O disputadíssimo concurso de Miss Brasil era promovido pelo Diário de Associados (conglomerado de propriedade de Assis Chateaubriand, o Chatô), e, em 1956, estava agendado para ocorrer no dia 16 de junho, no Hotel Quitandinha, em Petrópolis.

Chegado o esperado dia, Maria Alice, junto a mais 21 jovens, fora recebida com pompa e elegância no local da cerimônia. Após os desfiles das candidatas, em diferentes trajes, o resultado fora emitido. Infelizmente, a caxiense não conseguiu o sonhado título de Miss Brasil, sendo eleita a representante do Rio Grande do Sul, Maria José Cardoso.

Maria Alice, durante o desfile de Miss Brasil.
As candidatas a Miss Brasil, em traje de banho.
Maria Alice Castelo, em 2019, durante a festa da Velha Guarda Caxiense.

Além de ter sido a primeira caxiense a conquistar o título de Miss Maranhão, Maria Alice, também é a segunda Miss Maranhão da história, tendo em vista que a primeira vencedora é do ano anterior. Posteriormente, mais duas caxienses conquistaram o título de Miss Maranhão, sendo elas: Tereza Francisca Barros Torres, em 1977; e Ingrid Pereira Gonçalves, em 2013.

Atualmente, Maria Alice Castelo Cordeiro vive em São Luis (carece de fontes), sendo recorrentes as suas visitas a sua cidade natal durante a realização da tradicional festa da Velha Guarda Caxiense.


Fontes de pesquisa: O Jornal (RJ); Diário da Noite (RJ); Revista Manchete (RJ); Imprensa Popular (RJ); Livro Cartografias Invisíveis/Diversos Autores.

Imagens da publicação: Diário da Noite (RJ); O Jornal (RJ); Revista Manchete (RJ); Reprodução TV Guanaré.

Restauração e Colorização: Brunno G. Couto

Quem foi Thales Ribeiro?

Thales Ribeiro. Década de 1930.

Thales do Amarante Ribeiro Gonçalves é natural de Amarante, no Piauí, tendo nascido no início do século XX. Já no estado vizinho, na cidade de Caxias, conheceu a jovem organista Maria Antonieta Castelo, filha de João Castelo Branco e Sinhá Castelo. Os jovens selaram a união em 27/06/1930.

Dois anos depois, Thales formou-se pela Faculdade de Direito do Maranhão, no dia 03 de dezembro de 1932. Depois de formado, passou a ocupar o cargo de Promotor Público em Caxias. Em 1937, nasce o único filho do casal Ribeiro Castelo: João Castelo Ribeiro Gonçalves (futuro Governador do Estado do MA).

O casal Thales Ribeiro e Maria Antonieta, junto ao filho João Castelo, em Caxias, no ano de 1940.

Em 1938, Thales candidata-se para a prova de Juiz de Direito. Aprovado, é designado para a cidade de Araioses (MA). Na década seguinte, é transferido para São Luis. Na capital do estado, torna-se Desembargador do Tribunal de Justiça do Maranhão.

Em 1950, Thales Ribeiro viajava para Caxias, como fazia frequentemente, quando, na altura de Coroatá, sentiu-se mal. Vindo a falecer durante a viagem.

Thales era irmão do, também, magistrado Amarantino Ribeiro Gonçalves, e, por conseguinte, tio da desembargadora do TJMA, Etelvina Ribeiro Gonçalves.

Em homenagem a autoridade, fora nomeado “Thales Ribeiro Gonçalves”, um Centro de Ensino que fica ao lado do casarão da família Castelo, no centro de Caxias.


Imagens da publicação: Internet; site: kamaleao.com

Restauração e Colorização: Brunno G. Couto

Fontes: Jornal Diário de São Luis (MA); Jornal O Imparcial (MA); Fórum de Timom.

Imóvel da Família Castelo

Imóvel onde funcionou o complexo de armazenamento dos produtos da fábrica do Engenho D’água da família Castelo Branco da Cruz, nos séculos XIX e XX.

Localização: Entre a Tv. José da Cruz e a Rua Cristino Cruz.