Wilson Egídio

Wilson Egídio dos Santos nasceu em Caxias, no dia 23/11/1931, filho de José Egídio dos Santos e Maria Zulmira dos Santos. Cursou o primário no Grupo Escolar João Lisboa, e o secundário no Colégio Caxiense. Seu pai, mais conhecido como Zé Vancrilio, era dentista prático, o que acabou influenciando o jovem em sua escolha acadêmica, graduando-se em Odontologia e Biologia na capital do estado; retornando à Caxias para desempenhar suas atividades profissionais.

Mais conhecido como Wilson “Vancrílio” (nome que acabou herdando do pai) dedicou-se ao Magistério, lecionando nos colégios Caxiense, Coelho Neto, São José, Diocesano, Duque de Caxias (Bandeirantes) e na Universidade Estadual do Maranhão / Centro de Estudos Superiores de Caxias – UEMA/CESC (onde se aposentou depois de 25 anos de docência).

Como dentista, atendia no consultório de seu pai, localizado no Largo da Igreja do Rosário, bem como em sua residência; sendo um profissional bastante elogiado. Além disso, Wilson era muito habilidoso com a palavra escrita, o que o levou a publicar, por longos anos, crônicas na imprensa caxiense, notadamente no jornal O Pioneiro, dirigido por Victor Gonçalves Neto. Também publicava seus textos em forma de folhetos, que mandava imprimir e pessoalmente distribuía.

Ao lado de sua esposa, d. Sebastiana Santos, e dos quatro filhos (César, Zé Neto, Carlos e Conceição), residia à Rua Cel. Libânio Lobo, em um imóvel de dois andares, nas proximidades do Colégio Coelho Neto. Ali, gostava de sentar à porta de casa para ver o movimento da rua, e prosear com os conhecidos que passavam. Vascaíno, prof. Wilson também tinha o seu lado boêmio, sendo recorrente a sua presença no bar “Café do Profeta” e no “Recanto dos Poetas”, onde confraternizava com diversos amigos.

Fotografia recente do imóvel onde residiu o prof. Wilson.

De rosto grande, anguloso, e com uma voz potente, prof. Wilson só tinha a cara fechada, pois, na realidade, era bastante querido por seus alunos, como bem relembrou Lucinha Marques, uma de suas educandas no Colégio Caxiense:

Certa vez eu não estava preparada para a prova. Não tinha estudado muito pois passara o fim de semana no nosso sítio no Itapecuruzinho, onde passava o dia tomando banho no rio e comendo frutas, a manga principalmente. Eu estava insegura na matéria.

Esperei ele lá fora, antes de entrar na sala de aula.

– Professor não estou preparada para a prova de hoje.

– O que aconteceu menina? Não está mais estudando?

– Estudo até demais, mas passei o fim de semana no sítio e estudei pouco.

– Me consta que seu pai todo o fim de semana vai para o sítio. O que aconteceu dessa vez?

– Por favor professor. ME DÊ UMA CHANCE.

– Só dessa vez você vai fazer prova na TURMA B. Se prepare pois não terá outra chance.

Só faltei pular de alegria. Ele era legal demais. AGRADECI E FUI DISPENSADA DA AULA. Me preparei para a prova.

Ótimo professor. Inesquecível. Maravilhoso.

Já aposentado, o professor e dentista, Wilson Egídio dos Santos, faleceu em Caxias, no dia 07/11/2012, 16 dias antes de completar 81 anos de idade.


Fontes de pesquisa: Livro Efemérides Caxienses/Autor: Arthur Almada Lima Filho; Texto de Edmílson Sanches; Texto de Lucinha Maria Chaves Marques.

Imagens da publicação: Acervo do IHGC; Acervo de Brunno G. Couto

Restauração e Colorização: Brunno G. Couto

Seleção Caxiense de 1947

Seleção Caxiense que, em 1947, consagrou-se campeã do Campeonato de Futebol do Interior Maranhense, ao abater os conjuntos de Coroatá, por 15×4; Rosário, por 5×0; e Pedreiras, por 4×2. Por sua notável atuação, no ano seguinte o jovem zagueiro Mourão fora contratado pelo Moto Club, de São Luis.

O time tinha como técnico o sr. João Costa, e como enfermeiro, Vitorino. O deputado Abreu Sobrinho e o advogado Jonas Cavalcanti eram os diretores do clube.

Da esquerda para direita: Zé Pretinho, Mourão, Audir, Albino, Bengala, Jonas, Emiliano, Pedro Bastos, Cabelo Duro, Ananias e Mário Sete. Imagem: Revista Esporte Ilustrado (RJ).

Fontes de pesquisa: Revista Esporte Ilustrado (RJ); Jornal Diário de São Luiz.

Restauração e Colorização: Brunno G. Couto

Alcindo Guimarães

Alcindo, durante a década de 1940.

Alcindo Cruz Guimarães, engenheiro civil, parlamentar, historiógrafo, jornalista, orador fluente e de grandes recursos literários; nasceu em Caxias, no dia 25 de setembro de 1890. Filho do capitão José Ferreira Guimarães Junior e de d. Corina da Cruz Guimarães. Neto do industrial português José Ferreira Guimarães, era irmão de Nilo da Cruz Guimarães (pai da atriz global Gloria Menezes).

Concluiu, em 1927, pela “Escola Polytechinica” do Rio de Janeiro, o curso de engenharia civil. Em 1933, após a exoneração de João Batista de Moura Carvalho, foi nomeado prefeito de Caxias pelo interventor federal do MA, permanecendo no cargo até 1934. Retornando em 1937, também por nomeação do interventor Paulo Ramos, afastando-se do cargo em 1941, a pedido.

Foi deputado estadual, exercendo a presidência da Assembleia Legislativa do Estado do MA. Foi denotado pesquisador da História do MA e pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão. Também foi um dos membros fundadores do Cassino Caxiense, no ano de 1934.

Era esposo de d. Neném Guimarães. Como educador, fundou e foi professor de colégios em Caxias (A exemplo do Ginásio Caxiense), notabilizando-se como professor de Matemática.

Alcindo Guimarães faleceu no Rio de Janeiro, para onde se mudara e tinha fixado residência.


Imagem da publicação: Álbum do Maranhão de 1950.

Restauração e Colorização: Brunno G. Couto

Fonte: Livro Efemérides Caxienses/Autor: Arthur Almada Lima Filho/Ano: 2014; Jornal “Pacotilha”; Jornal “O Combate”.

Edmée Assunção

Edmée Chaves de Assunção nasceu em Caxias, no dia 24/03/1913. Filha do casal Benedito José Assunção e Francisca Chaves de Assunção. Cresceu junto aos irmãos no casarão da família, na Rua Manoel Gonçalves, esquina do Largo de São Sebastião. Era irmã de: Benedito (Bina), Antônio, Mário, Laci, Maria de Jesus (Mila), Valderez, Maria Celeste, Elvira e Anie.

Iniciou os estudos em sua terra natal, onde cursou o primário e o nível médio. Em 1937, formou-se normalista pela Escola Normal Livre de Caxias. Muito estudiosa, participou de seminários, fez cursos sobre educação escolar e esteve em congressos em nosso estado e no Rio Grande do Sul.

Edmée (lado direito) ao lado da irmã Mila. Década de 1950.

Em 1958 foi nomeada professora do estado e foi lotada no Grupo Escolar Gonçalves Dias. No ano de 1961 assumiu a direção do Grupo Escolar João Lisboa, onde permaneceu até à sua aposentadoria no dia 24 de março de 1983, ano em completou 70 anos de idade. Professora de várias gerações, lecionou também no Ginásio Caxiense, Educandário São José, Escola Técnica de Comércio de Caxias e Grupo Escolar Coelho Neto.

Em 1971, candidatou-se ao cargo de vereadora da Câmara Municipal de Caxias. Eleita, exerceu por dois mandatos consecutivos. Posteriormente exerceu o cargo de Secretária Municipal de Educação, na segunda gestão do Prefeito Aluísio Lobo.

A vereadora Edmée Assunção e o Prefeito José Castro. Década de 1970.

Católica praticante, por vários anos, cooperou na administração da Capela de São Sebastião. A convite do Pe. Francisco Damasceno, em outubro de 1983, assumiu o cargo de presidente da Associação de São José da Paróquia de São Benedito, mantendo-se no exercício da função até os momentos finais de sua vida.

Em novembro de 2001, recebeu a Comenda de Honra ao Mérito Poeta Gonçalves Dias, outorgada pela Prefeitura de Caxias.

Edmée Assunção faleceu em 31 de agosto de 2005, aos 92 anos de idade.

É patrona da cadeira n° 21 da Academia Sertaneja de Letras, Educação e Artes do Maranhão – ASLEAMA. Em 2015, a Assembleia Legislativa aprovou o Projeto de Lei nº 288/2015, de autoria da deputada Nina Melo, que denomina a Escola Estadual de Caxias, instalada no bairro Bacuri, de “Escola Estadual Professora Edmée Chaves Assunção”. No residencial Eugênio Coutinho, existe uma praça que leva o seu nome. Edmée Assunção, também dá nome a um centro e a uma escola de artesanato em Caxias.


Imagens da publicação: Acervo Família Assunção

Restauração e Colorização: Brunno G. Couto

Fonte: Texto de Murilo Aguiar publicado no Site do Jonal Pequeno; Blog do Irmão Inaldo; Site JusBrasil.