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Caxiense de coração, Vitor Gonçalves Neto nasceu em Teresina (PI), no dia 04/11/1925. Em sua cidade natal cursou as primeiras letras. Chegada a época do científico, mudou-se para a capital do Maranhão, onde estudou no Colégio São Luis. Posteriormente, fora residir em Salvador (BA) onde teve convívio com importantes figuras, tais como: Rachel de Queiroz, Jorge Amado e Monteiro Lobato.
Em 1951, integrou a coletânea de Contos Regionais Brasileiros, da Livraria Progresso Editora, que compilava 14 contos de figuras como, Viriato Corrêa e Humberto de Campos. Mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou nos periódicos Diário de Notícias e O Globo (onde foi chefe de redação). Anos depois, de volta à São Luis, trabalhou no O Imparcial, ao lado de José Sarney.
Na década de 1960, veio para Caxias, onde fundou os jornais O Pioneiro (dirigido por Vitor, durante 15 anos) e Folha de Caxias (dirigido por Vitor, durante 12 anos). Na cidade, conheceu Edna Silva Gonçalves, da união advieram quatro filhos: Jandir, Jorge, Miridan e Maira Teresa.
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Em 03/01/1964, como parte das festividades comemorativas do primeiro centenário de nascimento do grande escritor caxiense Coelho Netto, Vítor funda a Associação Caxiense de Imprensa (ACI), tendo como sede as instalações do jornal Folha de Caxias. Ocupou cargo de Presidente da referida associação.
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Além de ser diretor dos jornais, Vitor também era cronista destes, não deixando de comentar os assuntos que mais lhe chamavam atenção. De baixa estatura, passos lentos e sempre ostentando o inseparável cigarro, Vitor, assim como muitos intelectuais, tinha o seu lado boêmio. “Acompanhei muito o Vítor nessas caminhadas noite adentro, madrugada afora. Assistia-lhe no sono rápido que ele ‘tirava’ em qualquer lugar, a qualquer hora. Ajudava-o nas cervejas e arriscava na cachaça (mas uísque, eu ‘agradecia’; não gostava). A gente bebia ‘até se esvair em mijo’, como dizia o Vítor. Interessava-me um bocado por ele. Preocupava-me sua fragilidade ante tanto cigarro e tanta bebida. Mas não lhe censurava o vício (Com que direito?) nem lhe recriminava explicitamente os excessos”, relembrou Edmílson Sanches, amigo e colega de trabalho de Vitor.
Publicou dois livros: “Conversa tão somente” (crônicas), de 1957, e “Roteiro das 7 Cidades” (1963), visão romanceada do sítio arqueológico de mesmo nome, localizado no município de Piracuruca (Piauí).
Vitor Gonçalves Neto faleceu em Caxias, no dia 23/06/1989, aos 63 anos de idade. Postumamente, em 1995, fora publicado um livro reunindo algumas de suas crônicas intitulado “Crônicas das Andanças”. O escritor também é patrono da cadeira n. 19, da Academia Caxiense de Letras; e da nome a uma rua do centro de Caxias.
Fontes de pesquisa: Texto de Edmílson Sanches; Livro Por Ruas e Becos de Caxias/Autor: Eziquio Barros Neto; Livro Efemérides Caxienses/Autor: Arthur Almada Lima Filho; Jornal Correio do Nordeste.
Imagens da Publicação: Acervo de Edmílson Sanches; Acervo da ACL; Jornal Correio do Nordeste.
Restauração e Colorização: Brunno G. Couto
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Entusiasta da história de Caxias e amante da fotografia. Criador da página e do site Arquivo Caxias.
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