A casa onde nasceu Coelho Neto

Filho do português Antônio da Fonseca Coelho e de d. Ana Silvestre Coelho, Henrique Maximiniano Coelho Netto nasceu, em 21/02/1864, nesta residência à Rua da Palma (Atual, R. Coelho Neto), n. 04, no centro de Caxias. Nela viveu até os seis anos de idade, quando vai morar com a família no Rio de Janeiro.

O imóvel, em fotografia da década de 1930 (provavelmente), ainda com as feições originais preservadas. Imagem: Acervo do IHGC.

Coelho Neto só retorna à Caxias, em 24/06/1899. Onde, já um intelectual aclamado, é recebido, por autoridades e pelo povo, com uma grande festividade. Na oportunidade, desejando relembrar suas raízes caxienses, Coelho Neto visita a sua antiga casa à rua que já levava o seu nome. O imóvel, àquele ano, era ocupado por uma senhora chamada Firmina Maria Pinho. Ali, Coelho Neto deu uma longa palestra sobre sua infância.

Por volta da década de 1930, a casa onde nascera Coelho Neto fora demolida para a construção da sede do Centro Artístico e Operário Caxiense, sendo inaugurado em 1932. Mais de trinta anos depois, o imóvel passa por nova reforma, onde recebe as feições que preserva até os dias de hoje.

O imóvel em fotografia de 2012. Imagem: Google Maps.

Fontes de pesquisa: Livro Efemérides Caxienses/Autor: Arthur Almada Lima Filho; Livro Por Ruas e Becos de Caxias/Autor: Eziquio Barros Neto.

Imagens da postagem: Acervo do IHGC; Google Maps.

Restauração e Colorização: Brunno G Couto

A antiga Avenida João Pessoa

Na transição do século XIX ao XX, com a inauguração da Estação Férrea (São Luis – Teresina), fez-se necessária a construção de uma via que possibilitasse um melhor acesso dos passageiros até a cidade, bem como para a uma prática movimentação da produção oriunda da fábrica de Manufatura (Atual, Centro de Cultura). Essa ideia só veio a tomar forma quando fora constituída uma comissão de cidadãos influentes que tomaram frente da futura obra. A comissão esperava contar com o auxílio ou interferência da prefeitura, o que acabou não ocorrendo.

Dessa forma, conforme noticiou um jornal da época, a referida comissão: “saiu à rua, sacola em punho, solicitando o auxílio monetário de nosso povo. (…) o contribuinte (que já pagava excessivos impostos) estranhou a solicitação, mas, afinal, pagou…”.

Assim sendo, em 1922, na administração do prefeito Francisco Vila-Nova, fora assentada a pedra fundamental da nova via. Sob o nome de Avenida Independência (em virtude da ligação que fazia à Praça do Panteon que, à época, chamava-se Praça da Independência) foram iniciadas as obras. Devido a falta de verba, a construção fora paralisada, sendo realizada nova coleta junto ao povo. Tempos depois, mesmo como a construção da via as manutenções que deveriam ser constantes não eram realizadas. Como aquela área quase não era habitada, o mato tomava de conta, chegando a alcançar a avenida.

A verdade é que, até 1931, a construção da avenida ainda não havia sido devidamente finalizada, sendo popularmente conhecida como “Avenida duma banda só”. O que levou ao interventor João Guilherme de Abreu, àquele ano – após as constantes reclamações -, a, enfim, dar início aos serviços de conclusão da obra. Em homenagem ao governador e candidato a vice-presidente da República na chapa de Getúlio Vargas, João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, assassinado no ano anterior, João Guilherme renomeia, em 23/06/1931, a via para: Avenida João Pessoa.


Jornal Voz do Povo, de 1931, noticia a mudança de nome da Avenida.

É durante a administração do prefeito Alcindo Cruz Guimarães (1937/1941), que a avenida é alargada, bem como é construída uma extensa muralha ligando a Estação Férrea até a praça dos poderes e comércio (onde estavam os prédios da Prefeitura, Mercado Municipal, Fábrica Têxtil etc.). A longa estrutura também servia para conter a volumosa mata que circundava a via. Além disso, em 1941, no dia da chegada de Dom Marelim à Caxias pela Estação, a estrutura serviu como “arquibancada” para os que buscavam uma visão privilegiada do clérigo.


Parte da muralha, já na curva que vai em direção ao local onde o Mercado Municipal localiza-se atualmente. Fotografia: Início da década de 1940.

Com o início da urbanização daquela área, no final da década de 1940 e início de 50, muitos imóveis e estabelecimentos começaram a ser construídos nas redondezas, o que levou à demolição da muralha, que era incompatível com essa expansão urbana.


Como pode-se verificar nesta fotografia de 1940, a extensa muralha iniciava nas proximidades da Estação de Ferro (canto direito. Atual, IHGC),

A Avenida em fotografia de 2012. Imagem: Google Maps.

Posteriormente, a via recebeu diversas melhorias, tendo, em 19/03/1948, o seu nome alterado para Avenida Getúlio Vargas, o qual permanece até os dias de hoje.


Fonte de pesquisa: Revista Athenas; Jornal Voz do Povo; Livro Por Ruas e Becos de Caxias/Autor: Eziquio Barros Neto; Internet.

Mons. Gilberto Barbosa

Mons. Gilberto, na década de 1940.

Gilberto de Almeida Barbosa nasceu em Caxias, em 23/02/1901, filho do comerciante Gilberto Barbosa e d. Maria Francisca Lemos de Almeida; neto de Veríssimo José de Sousa Barbosa. Iniciou seus estudos das primeiras letras na escola da conceituada professora Ana Correia. Com apenas 12 anos de idade, durante uma viagem que fazia junto aos pais à São Luis, reafirmou o seu desejo de ser padre, sendo, dessa forma, matriculado no Seminário de Santo Antônio, na capital do estado, em 1913.

Em 24 de janeiro de 1924, próximo a completar 23 anos de idade, Gilberto Barbosa é ordenado Sacerdote, rezando a sua Missa Nova (primeira missa de um padre) na Paróquia de Santo Antônio, em São Luis.  Logo é designado para a paróquia de Alcântara (MA), e, em 1927, depois de passar por outras cidades do estado, pe. Gilberto Barbosa retorna a sua cidade natal, para cuidar das paróquias da Matriz e Nazaré.

Pe. Gilberto, em 1924.

Buscando uma nova forma de propagar a Palavra Sagrada, funda, em 1933, ao lado do padre cearense Joaquim de Jesus Dourado, o jornal O Cruzeiro. Que, sob a direção do professor Leôncio Magno, tornou-se um dos mais importantes órgãos noticiosos da cidade. Em 1937, é nomeado Diretor Geral da Comissão de organização do Congresso Eucarístico e Sacerdotal de Caxias, ocorrido àquele ano.

Com a criação da Diocese de Caxias, em 1939, padre Gilberto, que tinha como paróquia de atuação a Igreja de São Benedito, é nomeado Vigário Geral da cidade. Neurastênico, de baixa estatura e ostentando uma portentosa careca, padre Gilberto era uma figura singular. Conflitando com a sua personalidade caridosa, o vigário, quando irritado, deixava escapar as mais diversas palavras pagãs que integram o dialeto popular, o que acabava arrancando risadas dos fiéis.

Na década de 1940, recebe o título eclesiástico de Monsenhor. Em 24/01/1949, comemora as Bodas de Prata de sua Ordenação Sacerdotal. Muito querido pelos caxienses, em 1968, o prefeito Aluízio Lobo deu o nome do vigário a uma escola inaugurada à Rua Siqueira Campos.   Seis anos depois, em 1974, Mons. Gilberto completou 50 anos de sacerdócio, ocasião em que foram realizadas diversas festividades em sua homenagem, bem como fora inaugurado um busto seu em frente à escola que leva o seu nome (Busto que atualmente tem paradeiro desconhecido).

Já com a saúde bastante fragilizada, Mons. Gilberto Barbosa falece em Caxias, no dia 13/01/1977, a poucos dias de completar 76 anos de idade, e no ano em que completara 50 anos de atuação sacerdotal em Caxias.


Fontes de Pesquisa: Jornal do Maranhão; Livro Por Ruas e Becos de Caxias/Autor: Eziquio Barros Neto/Ano: 2020.

Imagens da publicação: Acervo do IHGC; Hemeroteca Digital.

Restauração e Colorização das imagens: Brunno G. Couto

Ari e Ribah Nascimento, os irmãos caxienses fundadores da banda Placa Luminosa

Há algum tempo, chegou a meu conhecimento a informação de que dois músicos da famosa banda Placa Luminosa são caxienses. Sabendo disso, fui atrás de informações precisas para postar aqui no site. Durante a busca, acabei encontrando o perfil do guitarrista da referida banda, Ribah Nascimento (in memoriam), conterrâneo gente fina que, após o meu contato, me forneceu algumas das informações que, junto a outras pesquisas, integram o post abaixo:

Filhos de Antônio Nascimento e de d. Lucimar (ambos falecidos), José de Ribamar (Ribah) e José de Arimateia (Ari) Nascimento nasceram em Caxias. Seu Antônio era proveniente do povoado Marruá, e d. Lucimar era natural de Santa Quitéria. O casal, junto aos seis filhos (três homens e três mulheres), residia à Rua 7 de Setembro, s/n, na Tresidela. Foi em Caxias, que os jovens passaram os primeiros anos da juventude.

Ribah e Ari, junto ao irmão caçula, adoravam pular da antiga ponte de madeira no rio Itapecuru. O riacho do Ponte e o balneário Veneza, também eram locais de visitas constantes dos irmãos. Na década de 1950, chegado o momento de iniciar a vida estudantil, o pequeno Ribah (filho mais velho) cursa o primário no Grupo Escolar Gonçalves Dias (Onde, posteriormente, funcionou a Casa de Justiça). Finalizada essa fase, cursa a primeira e segunda série do ginásio no Colégio Diocesano São Luis de Gonzaga (Atual, Centro de Ensino Cônego Aderson Guimarães Junior).

Com a fundação de Brasília, em 1960, muitas famílias de todo o Brasil foram residir na nova capital da República. E com a família Nascimento não fora diferente. Em 1964, o patriarca Antônio resolve se mudar com toda a família para Taguatinga, cidade satélite do Distrito Federal. Na nova cidade, os filhos dão continuidade aos estudos. Com a conclusão do ensino médio, Ribah começa a cursar Arquitetura na UnB, e Ari, Matemática (na mesma instituição).

Na década de 1960, com a beatlemania fazendo a cabeça dos jovens do mundo todo, e a Jovem Guarda, com seu “iê-iê-iê” tocando nas rádios brasileirias, surge o interesse nos irmãos, Ribah e Ari, de montar uma banda (Em Caxias, os dois não chegaram a integrar nenhum conjunto musical, haja vista ainda serem muito jovens para a empreitada).

Grupo Os Quadradões, em fotografia de 1969.

Assim, por volta de 1967, integram o grupo de “iê-iê-iê” Os Quadradões, que tinha em sua formação: Ari, Ribah, Mário Lúcio, Teteia, Baixinho, Castelo Riba, Wandinha, Edd Camargo e Paulo. De relativo sucesso, em 1969 o grupo chegou a gravar um LP contendo doze faixas.

Em 1969, ainda em Taguatinga, Mário Lúcio (sax), Ribah Nascimento (guitarra), Ari Nascimento (baixo), Castelo (vocais), Edd Carmo (bateria) e Eurípedes Rosa (teclados) resolvem fundar uma nova banda; e assim nasceu a Samtrópus. Conjunto muito influenciado pela música negra americana, como James Brown, Wilson Picket e Aretha Franklin. A banda ficou em atividade até a primeira metade da década de 1970.

Banda Samtrópus, em 1969.
Banda Samtróupus tocando em um evento das Luizas de Marilac, por volta de 1970/1971.

Em 1974, Ribah (guitarra e vocal) e Ari (baixo e vocal) juntam-se a Jessé (vocal solo e teclados) e Paulo Rosback (bateria) e formam uma nova banda. Vale ressaltar que, apesar de Jessé ter nascido em Niterói (RJ), ele fora criado em Brasília, onde veio a conhecer os irmãos Nascimento. Esse novo conjunto tocou durante quase um ano no restaurante “Panela de Barro”, no Setor Comercial Sul de Brasília, usando o nome Placa Luminosa.

Ribah foi o responsável pela escolha do nome do grupo, que fora feita a partir de uma canção de Zeca Bahia, de nome Placa Luminosa, vencedora de um festival estudantil com a interpretação de uma banda da cidade, chamada Os Matuskelos.

Em janeiro de 1975, buscando alçar voos maiores, o Placa Luminosa chega a São Paulo, já com Luizão na bateria, para integrar a banda Corrente de Força, grupo que estava sendo formado por Pique Riverte que deixava o Casa das Máquinas. Como o nome do novo grupo já estava definido, a banda resolveu guardar o nome que vinha utilizando para uma futura oportunidade. Devido à qualidade musical que apresentava, o Corrente de Força, logo chamou a atenção do público e da mídia.

Banda Corrente de Força canta a música Lavadeira das Nuvens.

Pela RCA, lançaram um compacto simples com a canção “Sino Sinal Aberto”, composta por Clodo Ferreira, que fora, àquela época, uma das músicas das mais tocadas nas rádios; levando a banda a participar de programas de televisão.

Com o sucesso, o grupo chegou a abrir show dos Mutantes, tocou com Chrystian (que depois formou dupla com o irmão Ralf) e fez uma pequena turnê, por algumas cidades de São Paulo, com Achie Bell & The Drells, banda americana de R&B.

Ao final de 1976, Ribah, Ari, Jessé e Luizão resolvem deixar o Corrente de Força para formar o Placa Luminosa (voltando a utilizar o antigo nome), em janeiro de 1977. Juntando-se a banda o músico, Mário Lúcio (sax, da extinta banda Os Quadradões). E, após a gravação do primeiro LP, Manito (ex Incríveis) também passou a integrar o grupo. A gravação do LP da RGE teve como destaque, além da inclusão de “Sino Sinal Aberto”, a canção de Clodo Ferreira e Zeca Bahia, “Velho Demais”, música que entrou na trilha sonora da novela da Rede Globo, Sem Lenço e Sem Documento.

Placa Luminosa interpretando “Sir Duke” de Stevie Wonder, em 1976, na TV Tupi.

Com a chegada no ano de 1980, Jessé resolve deixar o grupo para participar do Festival MPB Shell, da Rede Globo, onde ganha o prêmio de melhor intérprete com a inesquecível canção “Porto Solidão”, do compositor Zeca Bahia. Com a saída do vocalista, o Placa Luminosa passa por momentos difíceis. Até que, em 1981, já com Fabinho e Marcos Castro nos vocais, a banda grava o LP Neon, disco que é considerado um marco na carreira da banda. Nesse mesmo ano, recebem vários convites para participação em shows de Tim Maia e Erasmo Carlos. É do caxiense Ribah a guitarra da música “Do Leme ao Pontal” de Tim Maia.

Banda Placa Luminosa, em 1978, nos bastidores de uma apresentação na cidade de Cordeirópolis, São Paulo.

Já consagrada, em 11 de janeiro de 1985, Placa Luminosa é o primeiro grupo de músicos brasileiros a subir ao palco da primeira edição do Rock in Rio, ao lado de Ney Matogrosso, durante a abertura do festival (vídeo abaixo):

Placa Luminosa acompanha Ney Matogrosso, durante a abertura do Rock in Rio.

Partindo de uma nova formação com: Luizão (bateria), Ribah Nascimento (guitarra), Ari Nascimento (baixo), Mário Lúcio (sax), Marcos (vocal) e William San’tanna (vocal), e com a versão de Just To See Her de Smokey Robinson (“Mais Uma Vez”, feita por Rosana Herman), veio finalmente o sucesso nacional. Os anos seguintes, 1988/1989, foram a consolidação do sucesso nacional com a inclusão de “Fica Comigo” (Tomas Roth / A. Sacomanni) na trilha de Top Model (Rede Globo) e em seguida “Ego” (A. Sacomanni / F. Arduini) na novela Mico Preto, também da Rede Globo. Uma fase coroada com o Prêmio Sharp, daquele ano de 1989, de melhor grupo de música popular do país.

Placa Luminosa canta o sucesso “Mais uma Vez” no Cassino do Chacrinha, em 1988.
Placa Luminosa canta os sucessos “Ego” e “Fica Comigo” no Domingão do Faustão, em 1990.

Nos anos 2000, a banda gravou outros álbuns, e, em 2006, o DVD “Placa Luminosa 30 anos”. Em 2019, realizaram uma turnê junto a banda Rádio Táxi. Em maio de 2020, a banda sofre uma grande baixa, falece um de seus fundadores, o baterista Luizão Gadelha.

Ribah (primeiro a esquerda) e Ari (ao lado do irmão) durante uma apresentação do Placa Luminosa, em 2019, no programa Mulheres, da TV Gazeta.

P.S.: No dia 14/03/21, o caxiense Ribah Nascimento, quem eu entrevistei para a produção dessa matéria, faleceu vítima da Covid-19, tinha 71 anos. Até o seu falecimento, o músico, ao lado do irmão, ainda fazia parte da banda que havia fundado há mais de quarenta anos. Ribah residia em Brasília, e Ari, atualmente, reside em São Paulo. Eles tem mais dois irmãos músicos: Bisa Nascimento, que é cantora e realiza apresentações em Uberlândia (MG), cidade onde reside; e o caçula, Mano Nascimento, baterista.


Fontes de pesquisa: Site oficial da banda Placa Luminosa; Depoimento de Ribah Nascimento; Marechal; Xico Ramos; Facebook.

Imagens da Publicação: Jornal Correio Braziliense; Site oficial da banda Placa Luminosa; Acervo de Ribah Nascimento; Reprodução TV Gazeta.

Aluízio Lobo

Filho do comerciante Anfrísio Leandro e de d. Rosina Frazão de Abreu Lobo, Aluízio de Abreu Lobo nasceu em Caxias, a 02/03/1917. Era irmão de Geofredo, Anfrísio, Florita, Nilza e Carmosina Lobo. Sua formação escolar primária foi cursada no Grupo Escolar João Lisboa e concluída em 1931. A formação Ginasial foi no Colégio Caxiense, em 1940, instituição onde concluiu os estudos.

Em sua vida profissional, foi Serventuário da Justiça, nomeado pelo Governo do Maranhão, e, em seguida, foi aprovado em concurso público em 1940. No ano seguinte, é nomeado Serventuário Vitalício da Justiça pelo então Interventor Federal do Maranhão em Caxias. Decidido em seguir a carreira militar, é promovido pelo 24 Batalhão de Caçadores de São Luis, em 1946, de Aspirante a Oficial do Exército Brasileiro no posto de 2 Tenente da Arma de Infantaria, de 2 classe. De volta a Caxias, ocupa o cargo de Diretor do Tiro de Guerra, de 1946 a 1968.

Tenente Aluízio Lobo, na década de 1940.

Aluízio – junto a sua primeira companheira, d. Creusa Lopes Medeiros -, residia no bairro Ponte, na localidade conhecida como “Cantinho do Céu”. Ali o tenente recepcionava, em seu confortável imóvel, diferentes autoridades, quando de passagem por Caxias. O então Governador José Sarney e o Deputado Alexandre Costa, eram figuras recorrentes. A residência ainda ostentava um grande riacho com cachoeira.

Com o golpe militar de 1964, Tenente Aluízio, que visava entrar na vida política, candidata-se a prefeitura de Caxias, tendo como vice, o médico José Brandão. Em sua campanha utilizou o inesquecível jingle composto pelo professor e vereador “Poeta” (Francisco de Assis): Avante, Aluízio Lobo! Que tinha a seguinte letra:

Avante, Aluízio Lobo/Avante, vem sem demora/Avante, Aluízio Lobo, tu és o candidato da vitória//Alô, caxiense, alô/No dia quinze votar eu vou/Em Aluízio que será o vencedor!”.

Com um tom de voz autoritário e de personalidade forte e impulsiva, os comícios de Aluízio Lobo eram uma atração à parte. Em uma época onde a fiscalização de eventos políticos não era tão rígida, em seus comícios, Aluízio colocava sanfoneiros para animar o povo presente, e realizava, ainda, a distribuição de diversos brindes; alguns, diga-se de passagem, questionáveis. Certa feita, durante um comício, a população começou a alarmar que uma casa, nas proximidades, estava pegando fogo. Aluízio, já inflamado pelo calor do momento (com perdão do trocadilho), ao saber da situação, gritou aos eleitores: “Amanhã mesmo mando fazer outra casa!”. As palmas não foram economizadas.

Com uma campanha popular, Aluízio Lobo consegue ser eleito. Logo após a divulgação do resultado da votação, Aluízio proferiu um emocionado discurso à população. Após, o povo saiu em passeata pelas ruas da cidade, carregando nos braços o novo prefeito e o seu vice, os quais, de mãos dadas, recebiam a aclamação dos caxienses. A passeata encerrou na sede da União Artística, onde Aluízio ofereceu um baile ao povo.

Edição do jornal O Combate, de 1965, noticia a vitória de Aluízio Lobo.

No ano seguinte, em 31 de janeiro de 1966, Aluízio assume a prefeitura de Caxias, onde ficou até 1970. Em sua administração, fez diversos melhoramentos urbanos na cidade, como construções de praças, aberturas de vias e novos bairros; expandindo a cidade. Candidatou-se novamente em 1976. Eleito, fora empossado em 31 de janeiro de 1977. Contudo, acabou renunciando em 27/06/1980, para assumir como Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Atitude que acabou levantando questionamentos, com afirmações de que a sua renúncia fora premeditada, sendo eleito apenas para que seu vice, Numa Pompílio, assumisse a Prefeitura de Caxias.

Diploma de Prefeito (Primeiro Mandato).

Em 1983, voltou a política como Deputado Estadual, permanecendo até 1987 no cargo, período em que passa a residir em São Luis. Foi de sua iniciativa a aquisição da Fábrica de Manufatura para a instalação do Centro de Cultura, com Escola de Música, Teatro e Artesanato. Em 1990, é nomeado Diretor Executivo da Fundação Memória Republicana pelo Presidente da República, José Sarney.

Santinho da candidatura de Aluízio Lobo, para Deputado Estadual.
Aluízio Lobo, em foto do início dos anos 2000.

Aluízio Lobo foi sócio Honorário da União Artística Operária Caxiense e Membro da Maçonaria. Além disso, através de decreto do Presidente da República, recebeu a comenda no grau de Cavaleiro, pelos serviços prestados ao Exército, bem como incontáveis diplomas emitidos por diversas instituições nacionais e internacionais.

Com um histórico político amado por uns e odiado por outros, Aluízio de Abreu Lobo faleceu no dia 14/08/2012, em São Luis, aos 95 anos de idade.


Fontes de pesquisa: Livro Vulto Singular, Em Meio A Ricos Mosaicos/Autor: Libânio da Costa Lôbo/Ano: 2003; Livro Por Ruas e Becos de Caxias/Autor: Eziquio Barros Neto/Ano: 2020; Jornal O Combate.

Imagens da publicação: Acervo do IHGC; Livro Vulto Singular, Em Meio A Ricos Mosaicos; Internet.

Prof. Leôncio Magno

Caxiense de coração, Leôncio Magno de Oliveira era natural do Ceará. De sua infância e início de juventude, quando ainda residia em terras cearenses, quase nada se sabe. Informações apontam que sua cidade natal seria o Canindé, município da fé e de São Francisco das Chagas. Tendo nascido no final do século XIX, no dia 21 de setembro.

Chegado o momento de escolha da carreira profissional, Leôncio resolve seguir o magistério. Dotado de uma grande capacidade oratória, e de uma invejável habilidade na escrita, Leôncio realiza, ainda no Ceará, a sua estreia jornalística. A publicação chamava-se Santuário de Canindé, periódico local, no qual o jovem colaborou durante algum tempo.

Na década de 1930, Leôncio muda-se para o Maranhão, mais precisamente para o município de Carolina. Vindo da cidade da fé, Leôncio era católico fervoroso, o que o levou a fazer parte do movimento Integralista (movimento político de combate ao comunismo). Em 1934, ainda em Carolina, chegou a se candidatar ao cargo de Deputado Federal, por esse movimento; contundo, não obteve êxito.

No ano seguinte, 1935, surge o seu primeiro registro em Caxias. Através de Ato do Governo Estadual, Leôncio fora nomeado ao cargo de professor de Matemática da Escola Normal de Caxias, vindo a fixar residência na cidade. Muito participativo nas solenidades católicas, logo ganhou a amizade dos párocos locais. Que, por observarem a sua dedicação à religião, o convidaram a participar do jornal da Diocese, O Cruziero – periódico que havia sido fundado dois anos antes de sua vinda a Caxias. Assim, prof. Leôncio dirigiu o jornal até quando este saiu de circulação, em 1960.

Em sua carreira de professor, também fora docente no Ginásio Caxiense, ministrando aulas em diversas cadeiras. Em 1946, fazia parte, como orador, da Associação Rural de Caxias. No ano seguinte, foi diretor de publicidade da Sociedade dos Amigos de Francisco Dias Carneiro. Também foi Diretor da Secretaria da Câmara Municipal de Vereadores, e sócio honorário da União Artística.

Prof. Leôncio, já idoso, em fotografia da década de 1960.

Em reconhecimento aos valiosos serviços prestados a educação caxiense – bem como em outras áreas de atuação -, a Câmara dos Vereadores lhe conferiu o título honorário de Cidadão Caxiense; cidade em que viveu até o fim da vida.

Prof. Leôncio Magno faleceu em Caxias, no dia 05/08/1973. Deixava o plano terreno, aquele que, segundo o escritor Libânio da Costa Lôbo (in memoriam), foi: “Um santo com trajes civis”. Por viver uma vida simples e até um pouco reclusa, o professor, materialmente, nada deixou, bem como não teve filhos.

Em sua homenagem, o campus de Caxias da UEMA batizou o seu auditório com o seu nome. Professor Leôncio Magno também é Patrono da Cadeira de n. 23 do Instituto Histórico de Geográfico de Caxias.


Fontes de pesquisa: Livro Vulto Singular Em Meio a Rico Mosaico/Autor: Libânio da Costa Lôbo/Ano: 2003; Jornal Cruzeiro; Jornal Diário de São Luiz; Jornal Pacotilha; Livro Por Ruas e Becos de Caxias/Autor: Eziquio Barros Neto/Ano: 2020.

Imagem da publicação: Jornal Folha de Caxias.

A história de Mons. Frederico Chaves

Pe. Frederico Chaves. em 1934.

Frederico Pires Chaves nasceu em 11/05/1910, na cidade de Parnaíba (PI), filho de José Figueira Chaves e Cassiana Pires de Sampaio Chaves. Aos 11 anos de idade, entrou para o Seminário de Santo Antônio, em São Luis, sendo depois transferido, por motivo de saúde, para o Seminário Santa Teresa, na Bahia.

Em 28/05/1933, recebeu a Sagrada Tonsura (Corte de cabelo redondo, no topo da cabeça, conferido pelo Bispo aos eclesiásticos que obtiveram o primeiro grau de clericato). No Mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro, foi ordenado Presbítero antes de concluir seu curso, pelo Exmo. Sr. D. Augusto Álvaro da Silva, em 01/11/1934, celebrando a sua primeira Missa no dia seguinte.

De volta ao Maranhão, em 16/12/1934 – na Matriz de Nossa Senhora da Conceição, em São Luis -, celebrou a sua Missa Nova, sendo pregador da grande solenidade o caxiense Arias Cruz, Cônego. Em 08/02/1935, quando de volta de sua cidade natal, foi nomeado pelo Exmo, Monsenhor Vigário Geral, Felipe Conduru Pacheco, coadjutor das Paróquias de São Benedito, São José e Nossa Senhora de Nazaré, em Caxias.

Em Caxias, permaneceu por dois anos, trabalhando com dedicado empenho na instrução religiosa do povo caxiense e das populações rurais, em árduas visitas paroquiais, prestando o seu valioso apoio à educação da juventude de nossos colégios. Exerceu importante papel quando da realização do Congresso Eucarístico e Sacerdotal, realizado na princesa do sertão, em 1937. Ficou responsável, juntamente a Mons. Gilberto Barbosa, na organização do evento, que reuniu mais de cinco mil fiéis do Maranhão e Piauí.

Mons. Frederico Chaves

Quando Coadjutor das Paróquias de Caxias, o Padre Frederico Chaves cooperou com generoso auxílio para a aquisição de máquinas e outros materiais gráficos para ampliar as oficinas onde fora editado o jornal caxiense, Cruzeiro.

Em julho 1937, por provisão de Dom Carmelo de Vasconcelos Mota, foi nomeado procurador das obras das Vocações Sacerdotais, Assistente Arquidiocesano da Ação Católica e Capelão do Hospital Geral, em São Luis. De volta a capital do estado, passa a residir no Seminário, onde ainda lecionou Português e Latim ao 1 ano.

Posteriormente, exerceu diferentes cargos eclesiásticos em São Luis, até receber, em 15/08/1950, pela Santa Sé, o título de Camareiro Secreto do Santo Padre Pio XII. Em abril de 1956, foi nomeado Cura da Catedral, tendo se tornado, mais tarde, Arcipreste do Cabido Metropolitano.

Em 15/02/1964, Mons. Frederico Chaves, em plena Rua de Nazaré, em São Luis, foi acometido de violente colapso cardíaco, sendo dali transportado para o Pronto Socorro, onde já chegou sem vida. Faleceu aos 53 anos de idade.

Grande massa de populares acompanha os restos mortais de Mons. Frederico Chaves, em São Luis.

Caxias, cidade a qual o clérigo deu significativas contribuições, o homenageou dando o seu nome a uma escola que ficava localizada ao lado da Praça Vespasiano Ramos (Prédio onde atualmente funciona um hospital).

Imóvel, próximo a Igreja de São Benedito, onde funcionou o Colégio Monsenhor Frederico Chaves. Imagem: Google Maps, 2012.

Fontes de pesquisa: Jornal do Maranhão; Jornal Cruzeiro.


Cônego Aderson Guimarães

Imagem: Ac. Diocese de Caxias.

Filho do marchante Aderson da Costa Guimarães e da costureira da antiga fábrica de tecidos d. Maria Dulce (Mariosa), Aderson Guimarães Junior nasceu em Caxias, no dia 02/09/1918. Tinha mais três irmãos: d. Naná, Adelmo Guimarães (professor de música), e o irmão mais novo, que viajou ao Rio de Janeiro e não mais retornou. Junto a família, Aderson Junior residia no bairro Tresidela.

Na juventude, decidido em seguir a vida religiosa, ingressa no Seminário de Santo Antônio, na capital do estado; vindo a receber sua Ordenação Sacerdotal, em 29 de junho de 1943, do então Arcebispo de São Luis, Dom Carmelo de Vasconcelos Mota. Primeiramente, foi vigário na freguesia de Buriti Bravo, retornando, algum tempo depois, à sua terra natal.

Casa onde morou Aderson Guimarães e sua família, à Rua 7 de Setembro, Tresidela. Ao lado, uma das praças que leva o seu nome. Imagem: Google Maps, 2012.

Em Caxias, foi designado pároco da Matriz de Nossa Senhora de Nazaré, na Tresidela. Muito ativo, funda, em 1947, o “Centro Cultural Coelho Neto”, instituição que reuniu os maiores intelectuais daquela época. Sendo o seu primeiro Presidente.

O noviço Aderson Junior,
em 1941.

No campo educacional, assim como o irmão, também foi professor, atuando no Colégio São Luis Gonzaga. Posteriormente, após a criação do curso científico, o colégio passa a se chamar Ginásio Diocesano, sendo, pe. Aderson, o terceiro Diretor da instituição. Rígido como docente, Aderson não admitia indisciplina em suas aulas. No caso dos alunos mais inquietos, corrigia-os com punições, como: puxadas de orelha, suspensão ou ordenava ao aluno mal criado que ficasse de joelhos em frente ao quadro negro da sala. Os pais agradeciam.

De baixa estatura e corpo avantajado, Padre Aderson era uma figura querida pelos caxienses, principalmente pelos tresidelenses. Além da atuação em Caxias, realizava, anualmente, desobrigas pelo interior do estado, onde celebrava missas, batizados e casamentos. No início, fazia essa peregrinação a cavalo, depois adquiriu um Jeep -pilotado, na maioria das vezes, pelo motorista Severino -, que facilitou muito o seu deslocamento .

Outra passagem memorável de sua biografia remete ao período da Semana Santa. Durante a procissão do encontro de Jesus com a Virgem Maria, Pe. Aderson emocionava a todos quando proferia, em frente a Igreja Matriz, as seguintes palavras: “Vem Maria! Ao encontro do teu filho Jesus!”.

Em 1968, quando da criação, em Caxias, da Faculdade de Formação de Professores do Ensino Médio (FFPEM), assumiu como Vice-Diretor, tendo, no ano seguinte, ascendido ao cargo de Diretor. A pedido do bispo Dom Marelim, foi honrado pela igreja com o título de Cônego Honorário.

Em 1970, a serviço da educação caxiense, ganhou uma Bolsa de Estudos nos Estados Unidos. onde participaria, junto a vários educadores brasileiros, de um curso de especialização. Contudo, durante a viagem o Cônego sentiu-se mal repentinamente, chegando, ainda, a receber uma transfusão de sangue. Apesar dos esforços empreendidos, Cônego Aderson não resistiu, falecendo no dia 01/11/1970, aos 52 anos de idade, na cidade de San Juan, capital de Porto Rico.

Uma semana depois, Caxias, enlutada, recebeu o seu tão estimado filho. Todas as escolas da cidade fecharam suas portas por oito dias. O prefeito Marcelo Tadeu decretou luto oficial de três dias. Diversas homenagens póstumas foram realizadas, tais como: a Praça da Bíblia, da Tresidela, foi renomeada para Praça Cônego Aderson Guimarães; o Colégio Diocesano também recebeu o seu nome. Além disso, fora encomendado ao artista caxiense Antônio Oliveira, um quadro que retrata, em tamanho real, o clérigo.

Visão parcial da pintura de Antônio Oliveira. Atualmente, a obra faz parte do acervo do Palácio Episcopal. Imagem: Reprodução TV Sinal Verde.

Cônego Aderson Guimarães Junior é Patrono da Cadeira de n. 33 da Academia Caxiense de Letras e da Cadeira n. 5 do Instituto Histórico e Geográfico de Caxias.


Fontes de pesquisa: Jornal do Brasil, Livro Por Ruas e Becos de Caxias/Autor: Eziquio Barros Neto/Ano: 2020; Jornal do Maranhão; Facebook.

Colorização e Restauração das imagens: Brunno G. Couto

Bar do Cantarelle, mais de 30 anos de tradição

Cantarelle, em fotografia de 2018. Foto: Brunno G. Couto

Filho de André de Sousa Neto e Maria de Moura de Araújo, Edvá Moura de Araújo nasceu em 15 de dezembro de 1956, em Santa Cruz do Piauí. Veio para Caxias, em 1967, aos dez anos de idade. Na cidade deu continuidade aos seus estudos, frequentando os colégios Odolfo Medeiros, Duque de Caxias e São José.

Começou a trabalhar logo após a a conclusão do 2º Grau. Foi chefe dos setores comerciais no Posto Santa Marta, do Grupo Constantino Castro e no Armazém Paraíba. Torcedor fanático do Clube de Regatas do Flamengo, é na década de 1970 que o jovem Edvá recebe o apelido de Cantareli, em homenagem ao goleiro rubro-negro Antônio Luís Cantareli.

Fachada do Bar do Cantarelle. Foto: Julieth Cristina.

Na década de 1980, Cantarelle (ou “Canta”) resolve trabalhar por conta própria, estabelecendo o seu bar, no ano de 1986, em um imóvel no centro da cidade. Datado do início do século XX, nesse imóvel funcionou diferentes estabelecimentos comerciais, como o Frigorífico São Raimundo, de Raimundo Severo Magalhães, na década de 1970.

Funcionando ao lado da Igreja de São Benedito, o “Bar do Cantarelle” logo começou a formar a sua freguesia. Lugar de encontro da boemia caxiense, em pouco tempo o bar já tinha os seus habitués: escritores, professores, músicos, políticos, empresários etc.; bem como aqueles que apenas queriam beber uma bebida gelada.

Cantarelle junto a fregueses, no final da década de 1980 (provavelmente). Imagem: Acervo Bar do Cantarelle.

No início da década de 2000, Cantarelle inovou instalando em seu bar uma antena de TV a cabo. Àquela época, devido ao alto valor, poucas pessoas tinham SKY ou DirecTV em suas casas, e como muitos dos jogos do mengão eram transmitidos, apenas, em canais fechados, Canta foi certeiro em sua decisão, haja vista o aumento no número de clientes em seu estabelecimento.

Alguns artistas, quando de passagem por Caxias, também marcaram presença no bar, um deles foi o rei do brega Reginaldo Rossi. Mais recentemente, em 2017, quem também deu uma passada por lá foi o humorista piauiense João Cláudio Moreno. Muitos escritores da cidade, como Wybson Carvalho e Libânio da Costa Lôbo (in memoriam) realizaram lançamentos e sessões de autógrafos no estabelecimento.

Cantarelle e João Cláudio Moreno, no ano de 2017. Foto: Brunno G. Couto

Em tempos de festejo de São Benedito, são os fregueses do Cantarelle, que, em sua maioria, arrematam os itens do tradicional leilão. Anualmente, também acontece o “Cantafolia”, bloco do bar que já virou tradição em Caxias. No início, a comemoração carnavalesca restringia-se apenas às instalações do bar, e os foliões eram apenas os fregueses mais assíduos. Com o tempo, o “mela-mela” (apelido recebido em decorrência do festival de Maizena) foi se expandindo e, atualmente, conta com apresentações de bandas da cidade, e foliões de todas as idades

Cantafolia 2019. Foto: Brunno G. Couto

Com mais de trinta anos em atividade, o bar do Cantarelle faz parte da história caxiense. Onde, semanalmente, passam por ali as mais diversas figuras da princesa do sertão, sempre com o pedido, “Canta, desce mais uma!”, na ponta da língua.

Clássico mural fotográfico que adorna o estabelecimento. Foto: Brunno G. Couto

Figuras carimbadas: Murilo “Boemia”, Odack, Bolha, Wybson Carvalho, Nonato Ressureição, “Hilter “do violão”, etc.

Onde o bar está localizado? Na esquina da Rua Padre Gerosa, no centro de Caxias. Ao lado da Igreja de São Benedito.


Fontes de pesquisa: Livro Cartografias Invisíveis/Ano: 2015; Livro Por Ruas e Becos de Caxias/Autor: Eziquio Barros Neto/Ano: 2020; Site Repasse Informativo.

Show no Gibão de Couro, em 1994

Apresentação da banda baiana Calor de Verão, em 1994, no Gibão de Couro. Antigo estabelecimento que funcionou onde, hoje, está instalado o Comercial Carvalho, em frente ao Posto Atlanta.