O padre que foi vigário em Caxias, e também participou da Segunda Guerra Mundial

Joaquim de Jesus Dourado nasceu em Beberibe (CE), em 25/02/1905. Filho de Manoel Martins Dourado e Ana Martins Dourado. Era popularmente conhecido como padre Douradinho, para estabelecer diferença entre ele e padre Joaquim Martins Dourado, seu tio e tutor. Em 1915, Douradinho foi morar em São Luís, ingressando no Seminário Santo Antônio aos 11 anos.  Cursou o Seminário Maior e os cursos de Filosofia e Teologia, tendo recebido o sacramento da Ordem, em 1927.

Em 1928, veio para Caxias, onde tornou-se vigário cooperador, permanecendo na cidade até 1934. A seguir, foi vigário de Codó, Vargem Grande e Itapecuru Mirim. Em 1937, retorna à Caxias para participar do Congresso Eucarístico e Sacerdotal, defendendo, na ocasião, a tese: “O Sacerdote – Ministro do Sacramento do Perdão”.

“Quando residia em Caxias, o padre tinha um canário que, todas as manhãs, trinava e o encantava. Um dia, o pássaro – que vivia solto – desapareceu e fora parar nas gaiolas do Pedro Sabiá, que, pressionado, presenteou-o ao seu verdadeiro dono. O canário passou a cantar , a tarde, na janela do quarto do Padre Dourado”, relembrou o escritor Libânio da Costa Lôbo (in memoriam).

Pe. Dourado já como Capelão da FEB.

Em 1944, partiu para a Itália, integrando-se, voluntariamente, na Força Expedicionária Brasileira – FEB, como capelão militar nos campos de batalha da 2ª Guerra Mundial. 

Romancista e cronista, já era autor de cinco livros quando passou a servir na FEB. Em Codó, ele fundou o periódico Flâmula, e, em Caxias, O Cruzeiro com Mons. Gilberto Barbosa. Escritor, deixou o registro de sua experiência no exterior, junto ao conflito armado, nos livros de crônicas de guerra Estou ferido.., e E… a guerra acabou.

Cap. Dourado sendo condecorado em Suez.

De volta ao Brasil, em 1945 passou a residir em Fortaleza. Em 1946, recebeu a patente de capitão, concedida pelo general Eurico Gaspar Dutra, então Presidente da República.  Desenvolveu muitas atividades, cargos e missões como oficial do Exército. Recebeu o título eclesiástico de Monsenhor. Em 1961, foi convocado para servir em Suez, no Oriente Médio.

Foi eleito membro fundador da cadeira 34 da Academia Maranhense de Letras, sob o patronato de Coelho Neto, tomando posse em 17 de janeiro de 1948.  Também é sócio honorário do Centro Cultural Coelho Neto, em Caxias.

Joaquim de Jesus Dourado faleceu, em 1974, em um acidente automobilístico na estrada de Beberibe, no Ceará.


Fontes de pesquisa: Jornal O Imparcial (MA); Livro: Quinteto/Autor: Libânio da Costa Lôbo/Ano: 2005; Blog da Academia Maranhense de Letras; Blog Jucey Santana; Livro Efemérides Caxienses/Autor: Arthur Almada Lima Filho/Ano: 2014; Jornal Maranhão.

Imagens da Publicação: Hemeroteca Digital

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