Está comigo, agora, mas já foi do meu pai, na década de 40 do século passado. Um guarda-casaca, móvel de estilo único e que não existe mais. Lembro tê-lo visto mirando sua indumentária, para uma festa em Palácio, já com o carro do Sebastião esperando-lhe à porta.

Agora, esse móvel está comigo e foi nele também que mirei-me, na tarde do dia 28 de janeiro de 1961, para ir ao encontro da Conceição, na Igreja Matriz (a mesma onde fui batizado). Dias antes de 28 de janeiro de 1961, ainda no Rio de Janeiro, já noivo desde 1959, preparei o indispensável à nossa futura morada. Ainda no Rio, fui à Casa José Silva e comprei um terno escuro combinando com o sapato, mais a gravata, a camisa social branca e um cinto de couro. Estava pronto para o casamento com a Conceição, em Caxias, no dia 28 de janeiro de 1961.

Era chegado o grande dia. Acompanhado dos meus pais, Antônio e Nadir, às 17 horas, dirigi-me à Igreja Matriz, adentrei e, no altar, fui esperar pela entrada da Conceição, vindo de braços com seu pai, Raimundo Soares, ao meu encontro. Também já estavam na Igreja convidados, padrinhos e familiares. Um ato simples, mas de grande significação para todos nós. Depois da cerimônia, houve uma recepção na residência dos pais da Conceição, para celebrar. Nossa primeira noite de casados aconteceu.

No dia seguinte, meu pai alugou um veículo ao embarque em Teresina, onde pernoitamos, para seguir rumo ao Rio de Janeiro, no dia seguinte. Começava, assim, nossa vida a dois, que duraria até 2013, no mês de fevereiro.

Augusto Brandão é Economista, Membro Honorário da ACL, ALL e AMCJSP.

Um comentário em “

  1. Maravilha sua memória Eu, Graças a Deus, lembro-me também dos grandes fatos de minha vida mesmo ao completar 89 anos no próximo dia 3.

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